O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cortar permanentemente a verba enviada à Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira, 18. Trump disse ainda que o país pode “reconsiderar” sua condição de membro da entidade.
O presidente publicou, em sua conta no Twitter, uma carta ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em que afirma que a investigação do governo americano confirmou a “alarmante falta de independência entre a OMS e a China”.
Se a OMS “não se comprometer com melhorias substanciais nos próximos 30 dias, eu tornarei o congelamento do financiamento dos Estados Unidos à OMS permanente e reconsiderarei nossa filiação à organização”, disse Trump na mensagem.
This is the letter sent to Dr. Tedros of the World Health Organization. It is self-explanatory! pic.twitter.com/pF2kzPUpDv
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 19, 2020
Há pouco mais de um mês, o presidente já havia anunciado que estava orientando o governo americano a interromper o financiamento do país para a organização. “Interromperemos o financiamento enquanto uma revisão é conduzida”, disse ele na ocasião, acusando a OMS de ser “sinocentrista”.
'Marionete da China'
Mais cedo, o presidente americano acusou a OMS de ser "uma marionete da China", reiterando as críticas sobre a gestão da agência da ONU na pandemia do novo coronavírus. "Não estou contente com a Organização Mundial da Saúde", declarou, na Casa Branca.
Trump afirmou que os Estados Unidos pagam cerca de US$ 450 milhões anualmente à OMS, a maior contribuição feita por um país. Há planos de cortar esta cifra, segundo o presidente, porque os EUA não seriam "tratados direito" pela organização. "Eles nos deram um monte de maus conselhos", afirmou.
As declarações do presidente ocorrem no dia em que a OMS celebrou sua primeira assembleia anual desde que a pandemia varreu o mundo, após emergir na China, causando grandes abalos econômicos e matando mais de 318 mil pessoas - um terço delas nos Estados Unidos.
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