O ex-vereador Djalma Filho, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto, crime ocorrido em 1998, apresentou rol de testemunhas que vão depor em plenário durante seu julgamento pelo Tribunal Popular do Júri com data ainda por ser definida pela Justiça.
Serão ouvidas como testemunhas da defesa: Patrícia Gonçalves, Aroldo Francisco da Silva, Fernando Lucas Cavalcante de Albuquerque, Marlane Silva Cavalcante e José do Egito da Silva.
- Foto: DivulgaçãoDjalma Filho e Donizetti Adalto
O ex-vereador também indicou dois assistentes técnicos para atuar no decorrer do julgamento, o médico e legista George Sanguinetti e a médica perita Andréa Gonçalves.
Djalma Filho foi pronunciado por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel e a emboscada. O crime é considerado hediondo.
Djalma quer detector de mentiras durante julgamento
Djalma Filho também elenca uma série de diligências que quer ver atendidas, e pede que seja requisitado a polícia do Rio Grande do Sul equipamento denominado analisador de voz multicamadas, mais conhecido como “detector de mentiras”, desenvolvido em Israel, “vez que o aparelho consegue ler o que se passa no cérebro de suspeitos e testemunhas de crimes enquanto são interrogadas, para saber se o que estão dizendo é verdade ou não”.
O ex-vereador também requisita um polígrafo para a reunião do conselho de sentença, “para que, sob o crivo e análise desse, se deem as respostas do acusado, sendo que a prova deverá ser admitida, por não ser ilícita, e porque se trata de demonstração cabal da ausência de culpa do acusado, tendo em vista que a defesa é ampla, antes, e plena, nesta fase”.
Rastreamento telefônico e extratos bancários
O ex-vereador pede ainda o rastreamento de chamadas dos números telefônicos de Donizetti Adalto, no período de 3 (três) meses antes e depois do assassinato e extratos bancários da retroativos a dezembro de 1996, todo o ano de 1997, 1998 e 1999, bem como o extrato de seu imposto de renda dos anos de 95, 96, 97, 98 e 99.
Projéteis encontrados no corpo de Donizetti
Djalma pede também a apresentação dos objetos advindos da cena do crime, para que sejam exibidos ao Conselho de Sentença, além da arma de fogo, os respectivos cartuchos e munições deflagradas, bem como os projéteis encontrados e retirados do corpo de Donizzeti Adalto, acompanhado do recipiente no qual foi acondicionado no Setor de Balística (Laudo de Exame Balístico), “sob pena de ferir flagrantemente o princípio da plena defesa”,
Ex-vereador quer utilizar equipamentos eletrônicos no Júri
Ao final, o ex-vereador requer a utilização de equipamentos eletrônicos diversos, que resguardam o seu direito de defesa e objetivam permitir o uso pleno e irrestrito no Plenário do Tribunal do Júri.
A petição foi protocolada no dia 12 de agosto e aguarda decisão do juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina.
Ministério Público já apresentou testemunhas
O Ministério Público do Estado do Piauí apresentou no dia 11 de junho deste ano, a relação das testemunhas que irão depor no julgamento do ex-vereador Djalma Filho.
As cinco testemunhas relacionadas pelo promotor de Justiça Régis de Moraes Marinho, da 15ª Promotoria de Justiça, em atendimento a fase do art. 422 do Código de Processo Penal, são: Marcos Antônio Batista da Silva, Sebastião Pereira do Nascimento, Raimundo Adalberto Viana, Aurilene da Silva Alves e Afonso Alves Mendes.
Donizetti foi morto numa emboscada
De acordo com a acusação do Ministério Público, baseado em inquérito policial proveniente do 2º Distrito Policial, Donizetti Adalto foi morto numa emboscada, impossibilitando a sua defesa, onde foram desferidos vários tiros a queima roupa e, ainda agonizando, foi torturado, o que lhe causou traumatismo nas unidades dentárias.
Caso seja condenado, o ex-vereador Djalma Filho poderá pegar até 30 anos de cadeia.
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