O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% em agosto, atingindo R$ 4,074 trilhões - é a primeira vez que o endividamento ultrapassa os R$ 4 trilhões, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Tesouro Nacional.
Em julho, o estoque estava em R$ 3,993 trilhões. A correção de juros da dívida foi de R$ 41,37 bilhões no mês passado.
A dívida pública, que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior, é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o rombo das contas públicas. Ou seja, para bancar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
O crescimento da dívida pública está dentro dos planos do governo federal. A dívida pública pode chegar a até R$ 4,3 trilhões em 2019, segundo programação do Tesouro Nacional divulgada no começo deste ano. Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 8,9%, segundo os números do governo.
A DPF inclui a dívida interna (pagamentos e recbimentos em real) e a externa (operações em moeda estrangeira), que fecharam agosto em R$ 3,913 trilhões e R$ 160,87 bilhões, respectivamente. A dívida interna aumentou 1,74% em agosto enquanto a externa teve queda de 9,55%.
A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública interna caiu em agosto em relação a julho, de 12,31% para 12,14%, somando R$ 474,98 bilhões. Os não residentes ficam na quarta posição dos principais detetentores da dívida pública interna, atrás dos fundos de investivestimento (R$ 1,062 trilhão, ou 27,15% do total), os fundos de previdência (R$ 945 bilhões ou 24,16% do total) e das instituições financeiras (R$ 897 bilhões, ou 22,93% do total).
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