Os deputados estaduais, após ação dos manifestantes na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), que tentaram invadir a sala da presidência, decidiram adiar a votação da proposta apresentada pelo governador Wellington Dias (PT) que limita os gastos públicos em 10 anos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Deputados conversam na presidência
Uma comissão formada pelos manifestantes conversou com os deputados na sala da presidência. Com o posicionamento das categorias contra a PEC, os parlamentares decidiram suspender a análise da proposta até que o governador Welington Dias volte da viagem que realizou para a Europa para que ele possa conversar com as categorias.
Como o recesso estava previsto para está quinta-feira (22), ele deverá ser adiado para a próxima semana, até o posicionamento do governador, para que seja decidido se o projeto vai ou não para votação. Ao GP1, o deputado Luciano Nunes (PSDB) falou sobre a suspensão da votação. “Foram retirados os projetos [de pauta]. As duas PEC. Vamos votar outras matérias que não são polêmicas. Isso é uma decisão de hoje né. O projeto está na Assembleia então vai ser marcado para depois, mas hoje não será votado”, destacou o deputado Luciano Nunes.
- Foto: Lucas Dias/GP1Juliana Falcão
O Cabo Agnaldo, representante do sindicato da Polícia Militar, participou da reunião com os deputados e explicou que espera um posicionamento do governo. “Até segunda-feira ou terça-feira que o governo chame as categorias para conversar. O presidente da Casa [Themístocles Filho] disse que fica na responsabilidade do governador. Que ele resolva os problemas das categorias, pois essa casa não iria resolver uma coisa que é do governo do estado. Está suspensa [a votação] até o governo chame as categorias para conversar”, disse o cabo.
O deputado Cícero Magalhães afirmou que o governador vai conversar com as categorias. “Ele vai discutir com os movimentos. Ele deve estar aqui até o final de semana. Eu já fui de sindicato, eles não estão errados em pedir isso e o governador vai ouvir eles. Ficou da votação ficar até ele voltar. Eu faço parte da base do governo. Não se trata de ser contra ou a favor. Tem pontos positivos e negativos. Se o Estado do Piauí não mudar nada, deixar do jeito que está, os servidores vão ter que pagar 14% de previdência, no mínimo, nessas leis que o governo está mandando, o governo vai absorver 2,38 %”, afirmou.
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