O deputado João Mádison, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, afirmou que o partido ainda não retomou conversas com o governador Wellington Dias sobre a possibilidade de ocupar secretarias a partir de 2017, mas afirmou que a decisão de retomada terá que passar pela executiva do partido. O PT e o PMDB estavam com conversas adiantadas, mas a insatisfação de alguns membros dos dois partidos que são contra aliança acabou afetando as negociações.
Para o deputado, o recente apoio da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, que trabalhou para a aprovação da PEC limita os gastos públicos em 10 anos no Piauí, não muda a relação política entre os partidos, pois sempre tiveram uma boa relação com o Governo.
“Não [muda a relação política]. Em relação ao governador Wellington Dias, acredito que temos uma boa convivência. Nunca houve um problema pessoal, mas sempre tivemos uma posição de independência, mas o que for para o bem do Piauí, nós sempre vamos estar votando a favor do desenvolvimento do Estado”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1João Mádison
Ele confirmou que os dois partidos podem voltar a discutir sobre uma possível participação do PMDB no Governo, mas que deverá ser levada em consideração as eleições de 2018, já que Wellington Dias disputará a reeleição e o vice-presidente estadual do PMDB, João Henrique, também já manifestou interesse em disputar o governo, além de não querer aliança com o PT.
“Isso [negociação] pode acontecer. Não quer dizer que no futuro não possa ser retomada [a negociação]. Pode sim. Porque não? Só que tudo isso passa pelo partido. Antes foi feita uma reunião que suspendeu, mas amanhã pode ter novamente essa conversa, até porque no final de 2017 vamos ter uma discussão mais ampla se o partido vai ter uma candidatura própria ou se vai caminhar em uma coligação. Isso também tem que ser discutido, mas só lá pro final de 2017 ou começo de 2018”, afirmou.
João Mádison ainda explicou o que prejudicou as conversas anteriormente. “Não deu certo porque naquele momento não foi oportuno, mas no futuro pode dar certo. Naquele momento, de problemas no país, o partido resolveu recuar um pouco nessa coligação, mas amanhã ou depois podemos voltar a conversar”, destacou.
PEC
O deputado disse não acreditar que os parlamentares e o governo saíram com a imagem arranhada após a votação da PEC dos gastos públicos. “De maneira nenhuma, o povo vai saber lá na frente que o que fizemos aqui foi para o bem deles, é para que se possa ter desenvolvimento econômico, pagar o funcionalismo. As pessoas não sabem, mas o Estado do Rio de Janeiro está pagando em seis parcelas o mês de novembro, e não é isso que nós queremos para o Estado do Piauí”, finalizou.
Ver todos os comentários | 0 |