Apresentando como um dos principais motivos, o desequilíbrio entre as candidaturas proporcionais, o deputado federal Jesus Rodrigues (PT), oficializou na manhã deste sábado (8), a sua desistência de pleitear a reeleição.
Na carta que encaminhou a presidente estadual do PT Regina Sousa, Jesus Rodrigues, afirmou ter advertido “o líder maior da coligação” para esse desequilíbrio. Diz também que seu pensamento era minoritário e evoca Nelson Rodrigues, segundo o qual, “toda unanimidade é burra”. E arremata: “agora a unanimidade está feita, espero que a mesma seja inteligente como a de um time de futebol bem treinado ou a unanimidade de uma orquestra bem regida”.
No final da carta, Jesus Rodrigues anuncia que o resto do seu mandato será dedicado ao povo brasileiro, ao povo nordestino e ao povo do Piauí.
Confira a carta na íntegra:
Teresina-PI, 08 de Março de 2014.
Ilustríssima Sra Regina Sousa
Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores
Venho informar a esta Presidência e aos demais membros do Partido que tomei uma decisão, de fórum íntimo é verdade, de não disputar a reeleição neste ano de 2014. Em respeito aos demais filiados, aos simpatizantes e a todos os piauienses, especialmente aqueles que me apoiaram e confiaram a mim um mandato na Câmara Federal, por acreditarem no meu caráter e nas minhas propostas, venho explicar alguns dos motivos que me levaram a tomar essa decisão.
Um deles é a questão financeira, uma vez que as campanhas, no atual sistema político, requerem cada vez mais o emprego de somas vultosas. Seria necessário dispor de uma parte importante do patrimônio da minha família, do qual já usei em 2010 para realizar o sonho de ser Deputado Federal. Nesse contexto, aproveito a oportunidade para defender uma reforma política que, entre outras coisas, modifique substancialmente o financiamento das campanhas de modo a permitir um equilíbrio entre todas as candidaturas. Dessa forma estaríamos diminuindo ou retirando uma ameaça à democracia que é influência do poder econômico nas eleições e a tentativa de ingerência dos financiadores sobre gestões e mandatos em geral.
O outro motivo refere-se à resposta de que minha posição era minoritária ou isolada em relação ao artigo que encaminhei à presidência do PT e ao líder maior da coligação alertando para o risco de desequilíbrio nas candidaturas proporcionais. Nessa condição, decidi deixar o Partido completamente à vontade para adotar a postura e a estratégia que for mais conveniente. Da mesma forma que em 2006 retirei minha candidatura por uma tática política, mais uma vez faço isso e saio da disputa pela reeleição em 2014. Com minha voz isolada, fazia valer o pensamento de Nelson Rodrigues de que toda unanimidade é burra; agora a unanimidade está feita, espero que a mesma seja inteligente como a de um time de futebol bem treinado ou a unanimidade de uma orquestra bem regida.
Como é do meu perfil, sempre procuro encarar as situações pelo lado positivo e um deles é que vou retomar a frente da minha empresa da qual estou afastado há quase 12 anos em decorrência da minha opção ideológica. Com isso reforço minha convicção de querer viver para a política e não da política. Acredito no seu poder transformador, mas sei também que não é apenas com cargos ou mandatos que ajudamos a construir uma sociedade melhor. Vou buscar colocar em prática minhas ideias de agricultura familiar, destravar um projeto com catadores de material reciclado e também concluir um livro no qual pretendo expor as ideias que venho juntando e lapidando nesse pouco mais de meio século de vida.
Por fim, reitero que até o final do meu mandato, em janeiro de 2015, continuaremos trabalhando com o mesmo afinco pelo povo do Brasil, do Nordeste e, em especial, pelo povo do Piauí, que me confiou este mandato de Deputado Federal.
Jesus Rodrigues Alves
Deputado Federal (PT-PI)
Na carta que encaminhou a presidente estadual do PT Regina Sousa, Jesus Rodrigues, afirmou ter advertido “o líder maior da coligação” para esse desequilíbrio. Diz também que seu pensamento era minoritário e evoca Nelson Rodrigues, segundo o qual, “toda unanimidade é burra”. E arremata: “agora a unanimidade está feita, espero que a mesma seja inteligente como a de um time de futebol bem treinado ou a unanimidade de uma orquestra bem regida”.
No final da carta, Jesus Rodrigues anuncia que o resto do seu mandato será dedicado ao povo brasileiro, ao povo nordestino e ao povo do Piauí.
Imagem: Geísa Chaves/GP1Deputado Jesus Rodrigues
Confira a carta na íntegra:
Teresina-PI, 08 de Março de 2014.
Ilustríssima Sra Regina Sousa
Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores
Venho informar a esta Presidência e aos demais membros do Partido que tomei uma decisão, de fórum íntimo é verdade, de não disputar a reeleição neste ano de 2014. Em respeito aos demais filiados, aos simpatizantes e a todos os piauienses, especialmente aqueles que me apoiaram e confiaram a mim um mandato na Câmara Federal, por acreditarem no meu caráter e nas minhas propostas, venho explicar alguns dos motivos que me levaram a tomar essa decisão.
Um deles é a questão financeira, uma vez que as campanhas, no atual sistema político, requerem cada vez mais o emprego de somas vultosas. Seria necessário dispor de uma parte importante do patrimônio da minha família, do qual já usei em 2010 para realizar o sonho de ser Deputado Federal. Nesse contexto, aproveito a oportunidade para defender uma reforma política que, entre outras coisas, modifique substancialmente o financiamento das campanhas de modo a permitir um equilíbrio entre todas as candidaturas. Dessa forma estaríamos diminuindo ou retirando uma ameaça à democracia que é influência do poder econômico nas eleições e a tentativa de ingerência dos financiadores sobre gestões e mandatos em geral.
O outro motivo refere-se à resposta de que minha posição era minoritária ou isolada em relação ao artigo que encaminhei à presidência do PT e ao líder maior da coligação alertando para o risco de desequilíbrio nas candidaturas proporcionais. Nessa condição, decidi deixar o Partido completamente à vontade para adotar a postura e a estratégia que for mais conveniente. Da mesma forma que em 2006 retirei minha candidatura por uma tática política, mais uma vez faço isso e saio da disputa pela reeleição em 2014. Com minha voz isolada, fazia valer o pensamento de Nelson Rodrigues de que toda unanimidade é burra; agora a unanimidade está feita, espero que a mesma seja inteligente como a de um time de futebol bem treinado ou a unanimidade de uma orquestra bem regida.
Como é do meu perfil, sempre procuro encarar as situações pelo lado positivo e um deles é que vou retomar a frente da minha empresa da qual estou afastado há quase 12 anos em decorrência da minha opção ideológica. Com isso reforço minha convicção de querer viver para a política e não da política. Acredito no seu poder transformador, mas sei também que não é apenas com cargos ou mandatos que ajudamos a construir uma sociedade melhor. Vou buscar colocar em prática minhas ideias de agricultura familiar, destravar um projeto com catadores de material reciclado e também concluir um livro no qual pretendo expor as ideias que venho juntando e lapidando nesse pouco mais de meio século de vida.
Por fim, reitero que até o final do meu mandato, em janeiro de 2015, continuaremos trabalhando com o mesmo afinco pelo povo do Brasil, do Nordeste e, em especial, pelo povo do Piauí, que me confiou este mandato de Deputado Federal.
Jesus Rodrigues Alves
Deputado Federal (PT-PI)
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |