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Delação premiada de Fernando Baiano é homologada no Supremo

Para conseguir a validação do acordo no Supremo, Baiano citou em depoimento, nomes de políticos com foro privilegiado.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Teori Zavascki, homologou na sexta-feira (9), a deleção premiada do lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”. Ele é acusado de fazer a intermediação de propinas para ex-diretores da Petrobras e integrantes do PMDB. Para conseguir a validação do acordo no Supremo, Baiano citou em depoimento, nomes de políticos com foro privilegiado.

De acordo com a Veja, o lobista transitava em Brasília entre os deputados envolvidos no escândalo da estatal. Em uma denuncia feita pela Procuradoria-Geral da República, aponta que ele era “sócio oculto” de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados (PMDB). O deputado é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Imagem: Vagner Rosario/VEJAFernando Baiano é o novo delator do esquema decorrupção da Petrobras(Imagem:Vagner Rosario/VEJA)Fernando Baiano é o novo delator do esquema decorrupção da Petrobras

Com a homologação do acordo, a expectativa dos investigadores é que surjam novos nomes de políticos envolvidos no maior esquema de corrupção do país.

Campanha de Dilma Rousseff


Em depoimento prestado no âmbito de delação premiada, Fernando Baiano contou que fez parte da ação que levou R$ 2 milhões para a primeira campanha à presidência de Dilma Rousseff, em 2010. Além de fornecer de ajudar no fornecimento de dinheiro para a petista, o lobista também confirmou que o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci havia solicitado um repasse de R$ 2 milhões.

Acusação

O lobista Fernando Baiano foi preso na etapa da Lava Jato, chamada de juízo final em novembro de 2014. Nessa fase, a Polícia Federal e o Ministério Público miravam o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobras.

O mais novo delator do esquema é apontado como “sócio” de Eduardo Cunha no suposto recebimento de 10 milhões de reais em propina. O lobista Júlio Camargo, afirmou que do valor total, cinco milhões de dólares teriam sido destinados ao presidente da Câmara dos Deputados.

Condenação


O Juiz Sergio Moro, que está à frente da Operação Lava Jato, condenou em primeira ação, Fernando Baiano a 16 anos e um mês de prisão. Com o acordo de delação premiada fechado, ele vai ter o direito de cumprir sua pena em regime domiciliar fechado, sendo obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.

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