Durante fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina, juntamente com o Ministério Público do Estado do Piauí e o Conselho Regional de Enfermagem, na Maternidade Dona Evangelina Rosa, foi constatado um grande risco de infecção tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. A presidente do CRM-PI, Miriam Parente, propôs uma interdição no local.
“A proposta da interdição ética é porque nós entendemos que não existe outra forma de conversar, de melhorar essa situação junto com os gestores. Nós já viemos realizando várias negociações, por meio do Fórum Interinstitucional de Saúde Pública, com os gestores da maternidade e até mesmo com o Secretário de Saúde. Mas, cada vez que vamos na maternidade, a situação é pior”, revelou Miriam.
Conforme a presidente do CRM-PI, os principais problemas enfrentados pelos profissionais são a falta de higienização e a proliferação de germes devido as condições da maternidade. “Nós constatamos que, na maternidade, não tem sabão líquido. Os profissionais estão fazendo a higienização das mãos apenas com água e isso faz com que muitas pessoas peguem alguma infecção. Quando tem o sabão, ele é diluído. Não tem papel toalha para enxugar as mãos. Além disso, a UTI apresenta problemas em relação a realização de exames. Quando fomos lá, só estavam sendo realizados dois tipos de exames. A UTI precisa ter exames de uma maneira mais fácil e com um resultado rápido. O piso do Centro Cirúrgico está afundando, contribuindo para a proliferação de vermes”, informou.
Na próxima segunda-feira (18), será realizada uma reunião com os integrantes do conselho para que a interdição seja analisada. Se for aprovada, os profissionais irão ter que paralisar suas atividades.
Outro lado
Procurada na manhã desta quinta-feira (14), a assessoria de comunicação da Maternidade Dona Evangelina Rosa ficou de enviar uma nota posteriormente.
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