Temendo uma nova onda de covid-19, a China quer ampliar para centenas de milhares de pessoas o uso de vacinas ainda em testes. O país asiático já autorizou o uso emergencial de três vacinas desenvolvidas pelas companhias chinesas China National Biotec Group Co. e Sinovac. A última é a responsável pelo desenvolvimento da coronavac, em testes no Brasil e que será produzida pelo Instituto Butantã.
Para as autoridades chinesas, a oferta de vacinas ainda em testes clínicos se justifica pelo risco do retorno de covid-19 por meio de viajantes e também pela segurança demonstrada pelas vacinas nos estudos até agora. Local de surgimento do novo coronavírus, a China registra hoje, em média, menos de 20 novos casos por dia, muitos importados, mas teme novos surtos locais.
O uso emergencial das vacinas foi autorizado em julho, inicialmente para trabalhadores de serviços essenciais e com alto risco de exposição ao vírus, como profissionais de saúde e agentes de fronteiras.
Desde então, as vacinas experimentais têm sido disponibilizadas também para funcionários de empresas estatais e membros do Exército e agora devem começar a ser oferecidas para estudantes que pretendem viajar ao exterior e, em algumas regiões, a qualquer pessoa. A Sinovac, por exemplo, já abriu cadastro em duas cidades chinesas para moradores interessados em tomar a vacina em testes.
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