Nesta quarta-feira (21) foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado a convocação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), general Sergio Etchegoyen, e do diretor-geral do órgão de inteligência, Janér Tesch, para prestarem esclarecimentos sobre a suposta espionagem ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal.
Na semana passada, a revista Veja relevou em uma matéria que o presidente Michel Temer havia acionado o serviço secreto brasileiro para fazer uma devassa na vida de Edson Fachin, com o objetivo de encontrar informações que pudessem fragilizar sua posição de relator da Lava-Jato.
- Foto: Cristiano Mariz/VEJA
Chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), general Sergio Etchegoyen
No Congresso, aliados de Michel Temer também tentaram constranger o ministro do STF buscando questionar a sua relação com Ricardo Saud, ex-diretor do grupo JBS. Executivos do frigorífico firmaram um explosivo acordo de delação que fora homologado por Fachin.
De acordo com a Veja, os requerimentos de convocação de Sergio Etchegoyen e Janér Tesch não estavam na pauta da comissão desta quarta-feira, mas foram incluídos na agenda a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor da medida, sob o argumento de que a audiência com os dois representantes da Abin seria urgente. A presidente da comissão, Regina Sousa (PT-PI), que é opositora ao governo, acatou o pedido.
A data da audiência ainda não está definida e Sergio Etchegoyen e Janér Tesch são obrigados a comparecer ao colegiado, já que o requerimento é em caráter de convocação.
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