Moradores da cidade de Porto, região do médio Parnaíba, estão amedrontados com a onda de insegurança que se instaurou na cidade. Nos últimos dias, vários assaltos, arrombamentos e arrastões em estabelecimentos tiraram o sono da população. Segundo moradores, foram registrados mais de 8 assaltos apenas no último fim de semana.
Na noite do último domingo (28), dois homens armados em uma motocicleta fizeram um arrastão em uma lanchonete no centro da cidade. Segundo testemunhas, os mesmos bandidos praticaram outro assalto no bairro Rua Nova.
O Secretário de Comunicação de Porto, Orlando Paiva, também teve sua residência invadida por bandidos. No momento da invasão, estavam na casa apenas a esposa do secretário, a professora Francilenne Sousa, o filho do casal e uma sobrinha.
- Foto: Facebook/Francisco Barbosa IIPorto é alvo de assaltantes e populares ficam amedrontados com a insegurança
Outros assaltos
Na última sexta-feira (26), o jornalista Francisco Barbosa publicou em sua página no Facebook que três elementos armados renderam o proprietário de um mercadinho e levaram dinheiro e mercadorias. Também na sexta-feira, o cantor Roberval teve sua residência invadida por bandidos.
Na noite de sexta-feira (20), também de acordo com a página do jornalista, bandidos renderam um rapaz, identificado como Gerson e roubaram sua motocicleta. Na ocasião, o jornalista disse que foram registrados quatro assaltos e dois arrombamentos na cidade em menos de 24 horas.
Na mesma noite, o GP1 publicou em que a empresária Lidiane Brito e o esposo, o fisioterapeuta Dunshee Fortes, tiveram a casa invadida por bandidos, que levaram dinheiro, joias e até a aliança do casal.
- Foto: Facebook/Francisco Barbosa IIA polícia acredita que os bandidos sejam fugitivos da penitenciária de Esperantina
Falta de policiamento
Indignados com a falta de policiamento, populares da cidade de Porto já pensam em andar armados para tentar inibir os assaltos. “A viatura pouco anda, justamente por falta de combustível, em outras a delegacia fica até mais de 24h fechada por falta de policiais. A situação é gravíssima, mas parece que nossos representantes ainda não quiseram enxergar”, afirmou o jornalista Francisco Barbosa.
O sargento da Polícia Militar, Jota Luiz, explica o problema do policiamento da cidade. “Eu não tenho nem como combater porque eu fico sozinho aqui na cidade. Somos quatro policiais militares, mas aí eles tiram o serviço deles e vão embora, porque não moram aqui. Trabalham 24 horas e folgam 36 horas. Os bandidos aproveitam o dia que não tem ninguém”, contou.
A delegacia da cidade fica aberta de segunda até o meio-dia de sexta-feira e populares reclamam da demora para fazer o Boletim de Ocorrência. “Quando não tem policial militar, a delegacia fecha porque só tem o delegado, o agente e o escrivão. O escrivão está de férias. Fica só o agente e o delegado, que moram em Teresina. Aí quando eu preciso, eu não consigo apoio de lugar nenhum”, continuou o sargento.
Segundo o sargento, para uma cidade como Porto, seria necessário pelo menos três policiais militares trabalhando diariamente. “O que precisa aqui é ter três [policiais] em serviço todo dia e não só um”, explicou.
Conhecidos pela população
Segundo populares, os bandidos são conhecidos da polícia e de grande parte dos moradores de Porto. “Há um bando que fugiu da penitenciária de Esperantina e aparece aqui para praticar crimes. Tem também outro do Maranhão, que atravessa todo dia para assaltar”, contou um morador que não quis se identificar.
“A cidade está cheia de fugitivos da penitenciária de Esperantina e eles estão armados, fazendo assalto direto aqui dentro da cidade”, confirmou o sargento Jota Luiz.
Manifestação
Clamando pro segurança, um grupo de jovens já organiza uma manifestação na cidade. Até o momento, a data e o local ainda não foram definidos, mas a articulação do protesto tem sido feita por meio das redes sociais.
Outro lado
Procurados na tarde desta segunda-feira (29), o delegado-geral Riedel Batista e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, não foram encontrados para comentar o assunto. O GP1 está aberto a esclarecimentos.
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