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Teresina - Piauí

Cabo da PM é preso durante Operação Conexão deflagrada pelo Greco

De acordo com o delegado Willame Moraes, coordenador do Greco, até o momento cinco pessoas já foram presas em Teresina-PI e uma em Timon-MA.

Divulgação/ PolíciaCivil 1 / 6 Policiais civis e militares envolvidos na operação Policiais civis e militares envolvidos na operação
Divulgação/ PolíciaCivil 2 / 6 Policiais na Casa de Custódia Policiais na Casa de Custódia
Divulgação/ PolíciaCivil 3 / 6 Agente Agente
Divulgação/ PolíciaCivil 4 / 6 Delegados envolvidos na Operação Conexão Delegados envolvidos na Operação Conexão
Divulgação/ PolíciaCivil 5 / 6 Operação Conexão Operação Conexão
Divulgação/Polícia Civil 6 / 6 Daniel Oliveira, Fábio Abreu, Carlos César Daniel Oliveira, Fábio Abreu, Carlos César

Policiais do Greco deflagraram na manhã desta quinta-feira (03) a Operação Conexão, por volta das 5h, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Justiça do Piauí, com objetivo de desarticular uma organização criminosa que facilitava fugas de presos e também a entrada de celulares nos presídios do Estado. Durante a operação um cabo da Polícia Militar, Cláudio Rodrigues do Nascimento, foi preso por ter facilitado a fuga de quatro assaltantes de bancos ocorrida no dia 2 de março. Cinco pessoas foram presas em Teresina-PI e uma em Timon-MA.

De acordo com o delegado Willame Moraes, as investigações apuraram que o policial facilitava entrada de celulares e baterias no presídio, até 40 aparelhos por plantão, e os detentos pagavam para receber esses aparelhos. “Estávamos investigando a facilitação de fugas e acabamos por descobrir esse esquema criminoso que não está apenas na Casa de Custódia, na verdade, está também em outros órgãos de segurança, responsáveis pela custódia desses presos”, contou.


O delegado informou ainda que nessa primeira fase da operação não há a participação de outros agentes públicos, descartando o envolvimento de agentes penitenciários, inicialmente. “Nessa primeira fase só ele [policial militar], por enquanto não tem agentes penitenciários”, pontuou.

Segundo o delegado Carlos César, do GRECO, o lucro obtido pela quadrilha é difícil de estimar. “Eles estavam cobrando muito caro dentro da Custódia por celulares muito baratos na rua. Um celular, tipo lanterninha, custava 600 a 700 reais. Uma bateria saia por cerca de 200 reais. Um sobrepeso muito alto pelo comércio criminoso e, portanto, muito lucrativo”, finalizou.

Prisões

Os presos foram identificados como Josimar Carvalho da Silva (assaltante e líder da organização), Cláudio Rodrigues do Nascimento (policial militar que trabalha na Casa de Custódia), Ismael Ferreira da Silva, Paulo Reis Silva Ribeiro, Ivoneide Ângelo Silva Ribeiro, Israel Alves da Silva. Além das prisões, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, inclusive, dentro da Casa de Custódia, quatro conduções coercitivas e dois sequestros de bens (dois veículos).

No final de junho deste ano, três agentes penitenciários foram presos acusados de facilitar a entrada de drogas e celulares na Penitenciária de Parnaíba.

Confira como funcionava o esquema

Em entrevista ao GP1 o delegado Charles de Holanda, do GRECO, informou nesta manhã qual era a função de cada integrante na organização criminosa. De acordo com o Greco e a Secretaria de Justiça, a investigação durou cinco meses e teve início após a fuga de quatro detentos da Custódia, no dia 2 de março deste ano, com indivíduos ligados a quadrilha de assalto a bancos.

Josimar Carvalho da Silva era o responsável por articular fugas da penitenciária, e pela comercialização de aparelhos, baterias e drogas. Ou seja, Josimar era o líder da organização.

Cláudio Rodrigues do Nascimento, cabo da Polícia Militar, trabalhava na Penitenciária e facilitava as fugas e fazia a entrega dos celulares para Josimar. “Os aparelhos não entraram por meio de visitas. Os celulares entraram através do Cláudio”, disse o delegado Charles de Holanda.

Ismael Ferreira da Silva e Paulo Reis Silva Ribeiro, comercializavam os celulares dentro da Casa de Custódia.

Ivoneide Ângelo Silva Ribeiro, mãe do presidiário Paulo Reis, e Israel Alves da Silva eram os fornecedores de celulares para a organização.

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