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Política

Bolsonaro reclama de ausência da PM baiana em inauguração de aeroporto

Em meio à tensão, governador petista diz que se o evento é federal, segurança deve ser feita por forças federais

Pouco antes de embarcar para viagem a Vitória da Conquista, na Bahia, onde participa da inauguração do aeroporto Glauber Rocha, o presidente Jair Bolsonaro reclamou no Twitter de uma decisão do governador Rui Costa (PT), que não colocou a Polícia Militar do Estado para fazer a segurança do evento.

"Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral", escreveu Bolsonaro no Twitter.


Em entrevista à Rádio Metrópole, Rui Costa falou sobre sua decisão, como mostrou o site BR18. “Quem é impopular e tem medo de ir para às ruas, fica em seu gabinete. Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais cuidem da segurança do presidente. Eu não posso colocar PM para entrar em conflito com as pessoas que querem ver o aeroporto”, disse o governador.

A inauguração do aeroporto acontece em meio à tensão entre Bolsonaro e governadores da região Nordeste. Na sexta-feira passada, em áudio captado pela TV Brasil, Bolsonaro faz referência à região e diz que o governo federal não devia dar “nada” para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Há trechos inaudíveis da conversa em que não é possível entender o contexto, mas o presidente negou que no rápido diálogo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tenha classificado os governadores do Nordeste pelo termo “paraíba” – forma pejorativa usada principalmente no Rio para se referir aos imigrantes da região.

O governador baiano afirmou que não vai participar da cerimônia de inauguração do aeroporto. Em um vídeo nas redes sociais publicado na segunda, ele alegou que o evento se transformou em uma “convenção político-partidária”.

O governador do PT afirmou que durante a organização da cerimônia, na semana passada, convidou o presidente e sua comitiva como um “aceno de boas maneiras”. Na versão de Costa, o governo federal estabeleceu que, de 300 pessoas convidadas para o evento, o Estado teria direito a indicar 70. Depois, decidiu que seriam 600 convidados – e que o petista teria direito de chamar 100.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro destacou ser importante inaugurar o aeroporto pelo estímulo ao turismo e à economia local. Segundo ele, o Planalto não se preocupa com eventuais críticas ao presidente ou protestos no evento. “Em qual cidade nosso presidente chega e não é ovacionado? Em todas (é ovacioado). E não seria diferente na cidade onde temos apreço pelo prefeito e pelo povo”, disse o porta-voz.

Segurança. Com a negativa do governo do Estado em disponibilizar o efetivo da PM, a segurança no acesso ao Aeroporto está sendo feita pela Polícia do Exército, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, em efetivo bastante reduzido se comparado a outros eventos presidenciais.

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