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Política

Bloco do PMDB terá maior presença na comissão de impeachment

Colegiado terá 65 blocos; 25 do bloco do PMDB e 19 do bloco do PT.

Nesta quinta-feira (3), em reunião com líderes partidários, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou como será a distribuição por blocos e partidos na comissão especial que dará parecer sobre a continuidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A comissão terá 65 integrantes, com representantes de todos os partidos que integram a Casa. De acordo com o documento, bloco liderado pelo PMDB terá maior presença no colegiado, ocupando 25 vagas. O bloco do PT terá a segunda maior quantidade de cadeiras, 19.
Imagem: Jorge William / Arquivo O GloboPresidente Dilma Rousseff(Imagem:Jorge William / Arquivo O Globo)Presidente Dilma Rousseff

O cálculo foi considerado de acordo com o tamanho dos blocos na eleição para Presidente da Câmara. Na distribuição por partido, PT e PMDB ganharam presença na comissão e cada partido terá 8 parlamentares.

O bloco de oposição ao governo, encabeçado pelo PSDB, PSB, PPS e PV, terá 12 parlamentares. O PSDB individualmente terá 6 deputados na comissão mais seis suplentes. Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB, afirmou que o nome dele e do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) já estão definido; os outros nomes devem ser divulgados até o final da tarde.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), aliado da presidente Dilma, participou da reunião com Cunha e a base aliada pretender acelerar o processo para por fim aos questionamentos a cerca do futuro da presidente. A intenção é derrubar o processo na comissão especial. "Queremos montar e votar logo, para resolver logo", disse.

Os membros da comissão podem ser indicados até às 14h de segunda-feira (7). Na noite da segunda será realizada uma sessão extraordinária no plenário da Câmara para confirmar a chapa com as 65 deputados titulares e 65 suplentes feitas por todos os partidos.

Rito

Na terça-feira (8), após a confirmação dos membros, a comissão irá se reunir para eleger por meio de voto secreto, o presidente e o relator, a quem caberá fazer um parecer. A partir da criação dessa omissão, Dilma tem 10 sessões da Câmara para apresentar sua defesa.

Depois da apresentação da defesa, a comissão terá cinco dias para votar parecer contra ou a favor à instauração do processo de impeachment. O parecer segue para o plenário a instauração do processo depende dos votos de 342 deputados.

Caso seja aprovada, a presidente deverá se afastar 180 dias e o processo segue para o Senado. É o Senado que dá a palavra final sobre o afastamento permanente da presidente.

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