Fechar
GP1

Polícia

Bilhete aponta que Marcola mandou matar líderes do PCC no Ceará

Gegê do Mangue e Paka, encontrados mortos no Ceará, estariam desviando dinheiro da facção.

Na manhã desta quinta-feira (22) foi divulgado um bilhete encontrado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão presos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo. A mensagem indica que o braço direito de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, mandou matar Gegê do Mangue e Paka no Ceará no último dia 15.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, está analisando o bilhete, que diz que o traficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como “Fuminho”, mandou matar Gegê do Mangue e Fabiano Alves de Souza, conhecido como “Paca”.


O MP acredita que os dois traficantes encontrados mortos no Ceará eram os líderes do PCC que atuavam fora dos presídios. Segundo as investigações, Fuminho era o terceiro na hierarquia da facção e agora, com a morte da dupla, passou a comandar a facção em liberdade.

  • Foto: Jorge Santos/Oeste NotíciasMarcos Willians Herbas Camacho, o MarcolaMarcos Willians Herbas Camacho, o Marcola

“Amigos aqui é o resumo da quebrada e mais uns irmãos. Ontem, fomos chamados em umas ideias, aonde nosso irmão Cabelo Duro deixou nois ciente que o Fuminho mandou matar o GG e o Paka. Inclusive, o irmão Cabelo Duro e mais alguns irmãos são prova que os irmãos estavam roubando (sic)”, diz o bilhete.

Segundo investigações, Fuminho estaria morando no Paraguai e seria o chefe do tráfico de cocaína na Bolívia. Ele é o braço direito de Marcola, preso desde 1999. Promotores acreditam que as mortes foram comandadas por Marcola, pelo fato de as vítimas estarem envolvidas no homicídio do ex-integrante do PCC, Edilson Borges Nogueira, conhecido como “Birosca”.

Birosca era amigo pessoal de Marcola e foi assassinado quando Marcola estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e sem comunicação com outros membros da facção. A investigação mostra ainda que a dupla estava tomando decisões sem ordem da cúpula e desviando dinheiro.

Juntamente com os corpos, a polícia encontrou um cordão de ouro e um relógio que juntos valiam R$ 440 mil. A dupla morava em uma casa em um condomínio de luxo, avaliada em R$ 2 milhões. Os corpos foram encontrados em uma reserva indígena e populares informaram quem um helicóptero fez voos baixos e efetuou disparos que mataram Gegê e Paka.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.