Na tarde desta quarta-feira (10), Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, enviou uma carta ao ministro da Fazenda explicando o motivo pelo qual a inflação ficou abaixo de 3%. No documento Goldfajn culpa o preço dos alimentos.
"Em 2017, a reversão da inflação nos preços dos alimentos no domicílio foi maior do que o previsto, tanto pelo Copom quanto pelos analistas do mercado", afirmou o presidente do BC.
O IGBE divulgou nesta quarta-feira que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou 2017 abaixo do piso de 3% das metas de inflação.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Compras em supermercado
Todos os anos o Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta que o Banco Central deve seguir. No ano passado a meta era de 4,5%, mas como existe tolerância de 1,5 pontos percentuais, a meta ficaria entre 3% e 6%. O subgrupo alimentação no domicílio, segundo autoridade monetária, teve deflação de 4,85%.
"Em vista desse comportamento excepcional dos preços dos alimentos no domicílio, decorrentes de choques fora do alcance da política monetária (como a oferta recorde de produtos agrícolas), o Banco Central do Brasil seguiu os bons princípios no gerenciamento da política monetária e não reagiu ao impacto primário do choque", afirmou o BC.
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