- Foto: GloboAvião LaMia
Desde agosto, o avião Avro RJ85, da LaMia, o mesmo que transportava a delegação Chapecoense fez outras quatro viagens em que quase chegou ao limite máximo de sua autonomia sem reabastecimento.
De acordo com o Estadão, um desses voos durou cerca de quatro minutos a menos do que o percurso que terminou em tragédia na madrugada da terça-feira (29), quando a aeronave caiu perto do aeroporto de Medellín, após o piloto emitir um alerta de falta de combustível à torre. O acidente deixou 71 pessoas mortas, entre elas, estão jornalistas, tripulantes, atletas e dirigentes da Chapecoense.
Os trechos em que o avião voou próximo de seu limite de combustível foram entre a Colômbia e a Bolívia, no sentido Medellín-Santa Cruz de La Sierra, em três ocasiões, e Cochabamba-Medellín. Desde o início do ano, há apenas um registro de percurso sem reabastecimento no sentido Santa Cruz-Medellín – justamente o do voo que terminou em tragédia.
O piloto boliviano Miguel Quiroga, que está entre os mortos, não foi o único a colocar os passageiros em risco ao navegar perto da capacidade máxima do avião.De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no dia 4 de novembro, o mesmo avião sobrevoou o Brasil quando vinha de Medellín com destino a Santa Cruz de La Sierra. Ao todo, o percurso durou 4 horas e 33 minutos. O avião que levava a equipe da Chapecoense emitiu seu último sinal após voar por 4 horas e 37 minutos.
O piloto Miguel Quiroga subestimou o tempo do percurso entre Santa Cruz de La Sierra e Medellín. O registrou indicou uma viagem de 4 horas e 22 minutos – performance nunca atingida pela LaMia.
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