Na manhã desta quinta-feira (01), a imprensa local repercutiu o RAP do grupo de Hip Hop A Irmandade, da zona sul de Teresina, com ‘suposta ameaça’ aos policiais Alencar e Fábio Abreu, que integram as Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (RONE) na capital. A música está disponível no site PalcoMp3 do grupo e se chama Ira.
Clique aqui para ouvir a música e conhecer o trabalho do grupo.
“A ideia [de fazer a música] foi uma revolta, todo dia eu sou humilhado, revistado de uma forma que não é certa pela polícia, a questão de citar o Avelar ou o Fábio Abreu não é para amedrontar eles, mas sim porque eles são os mais atuantes e comandam também, tem policial que é honesto, a música foi uma revolta minha, saiu de mim porque todo dia isso acontece comigo”, disse Cledeilson Barreto de Araújo de 25 anos e que há dez anos desenvolve trabalho voluntário na região onde mora, além de integrar A Irmandade.
Cledeilson é mais conhecido como ‘Preto Kedé’ e é o autor da música divulgada na imprensa. Durante entrevista concedida a uma Tv local, o rapper fala sobre os ‘maus modos’ da polícia ao abordar as pessoas na rua. “Dia desses, eu estava no Mário Covas [bairro da zona sul], vinha de um jogo [futebol] quando a polícia, policiais da PM jogaram o carro [viatura] em cima de mim sem motivo, outra vez foi à noite, me baculejaram (revista) de uma forma que não foi certa, bateram na minha cara, pegaram meu boné, jogaram do outro lado do muro e mandaram eu pegar, isso não é certo”, relata.
Na última quarta-feira (31), o Conselho Nacional de Justiça veiculou matéria informando que adolescentes do Piauí sofrem agressões e maus-tratos em unidades de internação do Estado, são elas o Centro Educacional Masculino (CEM) e do Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP).
Diferente dos menores que cumprem medida socioeducativa nas unidades citadas acima e que temem represálias, caso relatem os fatos aos seus familiares, Cledeilson foi capaz de com o seu rap, levantar uma discussão necessária. “Kedé conseguiu abrir um grande debate sobre RAP e a postura da polícia atualmente. Só por isso, já merece todo o respeito. É claro que ele comete um excesso citando o nome dos policiais sem ter provas - mas, se ele não tivesse feito isso, as televisões e os portais do estado estariam falando disso agora? Não. Essa questão deve ser tratada com calma”, disse em um post no Facebook, o também músico, Thiago e Ah.
O capitão Fábio Abreu afirmou que irá registar um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o grupo de Hip Hop e que se sentiu ameaçado com a música. O professor da Uespi, Daniel Solon, deixou o seguinte trocadilho em sua conta no twitter a respeito do caso, "Salvem o RAP e a juventude da periferia de Teresina. Se depender do Rone, só terá R.I.P..."
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
Imagem: Palco MP3/A IrmandadeFoto do grupo de Hip Hop da zona sul
Clique aqui para ouvir a música e conhecer o trabalho do grupo.
“A ideia [de fazer a música] foi uma revolta, todo dia eu sou humilhado, revistado de uma forma que não é certa pela polícia, a questão de citar o Avelar ou o Fábio Abreu não é para amedrontar eles, mas sim porque eles são os mais atuantes e comandam também, tem policial que é honesto, a música foi uma revolta minha, saiu de mim porque todo dia isso acontece comigo”, disse Cledeilson Barreto de Araújo de 25 anos e que há dez anos desenvolve trabalho voluntário na região onde mora, além de integrar A Irmandade.
Cledeilson é mais conhecido como ‘Preto Kedé’ e é o autor da música divulgada na imprensa. Durante entrevista concedida a uma Tv local, o rapper fala sobre os ‘maus modos’ da polícia ao abordar as pessoas na rua. “Dia desses, eu estava no Mário Covas [bairro da zona sul], vinha de um jogo [futebol] quando a polícia, policiais da PM jogaram o carro [viatura] em cima de mim sem motivo, outra vez foi à noite, me baculejaram (revista) de uma forma que não foi certa, bateram na minha cara, pegaram meu boné, jogaram do outro lado do muro e mandaram eu pegar, isso não é certo”, relata.
Imagem: Reprodução/FacebookCledeilson, o Preto Kedé
Na última quarta-feira (31), o Conselho Nacional de Justiça veiculou matéria informando que adolescentes do Piauí sofrem agressões e maus-tratos em unidades de internação do Estado, são elas o Centro Educacional Masculino (CEM) e do Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP).
Diferente dos menores que cumprem medida socioeducativa nas unidades citadas acima e que temem represálias, caso relatem os fatos aos seus familiares, Cledeilson foi capaz de com o seu rap, levantar uma discussão necessária. “Kedé conseguiu abrir um grande debate sobre RAP e a postura da polícia atualmente. Só por isso, já merece todo o respeito. É claro que ele comete um excesso citando o nome dos policiais sem ter provas - mas, se ele não tivesse feito isso, as televisões e os portais do estado estariam falando disso agora? Não. Essa questão deve ser tratada com calma”, disse em um post no Facebook, o também músico, Thiago e Ah.
Imagem: Reprodução/FacebookPostagem do músico e integrante da banda Validuaté, Thiago e Ah
O capitão Fábio Abreu afirmou que irá registar um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o grupo de Hip Hop e que se sentiu ameaçado com a música. O professor da Uespi, Daniel Solon, deixou o seguinte trocadilho em sua conta no twitter a respeito do caso, "Salvem o RAP e a juventude da periferia de Teresina. Se depender do Rone, só terá R.I.P..."
Imagem: Reprodução/TwitterPostagem do professor Daniel Solon
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |