O corpo do capitão da Polícia Militar, Adonias Pedreira dos Santos Lopes, baleado em um assalto na noite de sexta-feira (24), foi velado na residência de sua mãe na manhã desta terça-feira (4) no bairro Morro da Esperança, zona norte da capital. Adonias lutou pela vida durante 10 dias, enquanto esteve internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e faleceu aos 62 anos. Adonias deixou dois filhos e a esposa.
Joel Pedreira, irmão do capitão Adonias, lamentou bastante a morte do irmão. Emocionado, Joel disse que a família é católica e espera que Deus ajude a polícia a solucionar o crime e prender os culpados.
“Nossa família é bastante ligada à religião católica, a gente está esperando que Deus atribuía qualidades à Polícia Militar, aos órgãos de investigação, à mão do Estado para retirar de circulação esse tipo de gente que tira a vida de um pai de família. Era um homem honrado, trabalhador, que vestia a farda com hombridade, com vontade de combater o crime”, disse Joel Pedreira emocionado.
Saudade
Joel ainda destacou a saudade de Adonias e contou que mesmo com aparência de ser uma pessoa mais séria, o irmão era super alegre e gostava de música, tendo inúmeros momentos de diversão com a família.
“O sentimento é de saudade, de compreensão e pergunto onde estava Deus que deixou acontecer. Ele que tudo sabe, tudo pode, tudo vê, mas aconteceu. A gente tem que aceitar. Ele era uma pessoa alegre, gostava de ouvir música, cantava, embora as feições dele fossem de uma pessoa muito séria. Para nós ele era uma águia para a gente, o único policial da família. Ele era de certa forma um gavião, uma águia para a gente”, finalizou.
Trajetória na PM
O comandante-geral de Operações da PM, coronel Rodrigues, falou sobre a carreira do capitão Adonias, que ao entrar na corporação era lotado no Copom. “Quando ingressei na Polícia Militar, ainda 2° tenente, conheci ele trabalhando no Copom quando ali era somente um telefone para o atendimento da sociedade. Simultaneamente ele atendia a ligação da população e repassava via rádio para as guarnições. Ele era muito conhecido por policiais antigos”, contou.
Policial destemido
O coronel Rodrigues destacou ainda que o capitão Adonias era um policial destemido e criticou a legislação vigente no país. “Ele era um policial destemido, um bom pai de família e nós o perdemos nessa conjuntura atual do nosso país. Nós entendemos que temos que ter mudança, o país tem que rever nossa legislação para que as pessoas que comentam delitos cumpram realmente a pena porque não podemos mais ficar na situação que estamos”, criticou o policial.
Suspeitos
O comandante Rodrigues disse ainda que a Polícia Civil está investigando o caso e acredita que em poucos dias os suspeitos serão presos. “Desde o primeiro dia, na sexta-feira, que aconteceu o fato, a polícia incansavelmente tem buscado respostas. Acredito que em pouco tempo vai ser declinado os nomes das pessoas que fizeram isso com o Adonias”, acrescentou.
Cuidados redobrados
Rodrigues pediu ainda que os policiais redobrem os cuidados ao sair de casa. “A tropa continua de pé firme, no solo, fazendo seu policiamento ostensivo, rotineiro e fardado. Temos a consciência que a cada dia a situação requer mais cuidado e cada policial ao sair de casa redobre sua atenção no seu deslocamento, na permanência e seu retorno. Sempre atenção e atenção”, finalizou.
O crime
Na sexta-feira (24) o capitão Adonias foi baleado durante um assalto no bairro Primavera, na zona norte da capital. Conforme a corporação, duas balas atingiram o capitão, sendo uma no braço e outra na cabeça. Adonias ficou dez dias internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e faleceu.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Capitão da PM é baleado durante assalto no bairro Primavera
Vídeo mostra momento em que capitão da PM é baleado na Primavera
Capitão da PM baleado durante assalto está internado na UTI do HUT
Ver todos os comentários | 0 |