Propostas em discussão entre governo e Congresso buscam forma de financiar novo programa social; na mesa, estão até mesmo medidas já rejeitadas pelo governo.
Vice-presidente admitiu a possibilidade de o programa social previsto para 2021 ficar fora do teto de gastos e avaliou que dificilmente alguma reforma econômica avançará no Congresso este ano
Com isso, o Bolsa Família será mantido pelo menos até o início do ano; integrantes do governo garantem que está descartada qualquer solução para o novo benefício que fure o teto de gastos.
Café da manhã no Palácio da Alvorada ocorre após desentendimentos no governo, com troca de acusações entre Maia e Guedes e também entre o chefe da Economia e Marinho.
Ainda sem uma fonte de financiamento, impasse na criação do novo programa entre governo e Congresso é tão grande que até o nome pode voltar ao inicial Renda Brasil.
Por mais que o governo consiga encontrar uma forma de bancar o novo programa, risco de estouro do teto ainda é grande se os gastos não forem reduzidos.
Depois de governo anunciar que a fonte de renda do substituto do Bolsa Família seria os precatórios da União, ministro afirmou que eles são uma ‘dívida líquida e certa’.
O ministro afirmou que 'ligaram uma coisa a outra' e que o governo está fazendo uma revisão dos valores a serem pagos por decisão da Justiça para manter as despesas sob controle.
Para tentar atenuar as resistências à proposta do governo, lideranças negociam fixar em até 4% porcentual para pagamento de dívidas no Orçamento de 2021.
Em encontro com parlamentares, ministro deixou a agenda liberal de lado, não citou cortes e defendeu medidas como o auxílio emergencial e o Renda Cidadã, criados pelo governo Bolsonaro.
Presidente rebateu as críticas à proposta do governo para bancar o novo programa e afirmou que sua popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa.