O 8º presidente do Irã, Ebrahim Raisi, se apresentava como um “paladino anticorrupção” além de se dizer um defensor das classes desfavorecidas. Ele morreu após o helicóptero em que estava sofrer um acidente, na manhã desse domingo (19).
Raisi nasceu em uma das principais cidades religiosas do Irã, Mashhad, em 14 de dezembro de 1960. Ele foi eleito presidente do país em 2021, e é bastante conhecido pela trajetória política e também pelo papel no sistema judiciário iraniano.
O presidente teve uma infância bastante religiosa, sendo introduzido desde cedo no seminário islâmico. Quando tinha 15 anos, se mudou para Qom, um centro de pesquisas teológicas no Irã, onde foi orientado por destacados clérigos, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, que no futuro se tornou o Líder Supremo do Irã.
História no judiciário iraniano
Em 1980, ele ocupou diversos cargos importantes, como o de procurador-geral adjunto de Teerã e chefe da Organização Geral de Inspeção. Em 1988, ele se tornou um dos membros do “Comitê da Morte”, responsável por execuções em massa de prisioneiros políticos, caso que foi bastante condenado por organizações de direitos humanos.
Em 2004 ele se tornou vice-chefe do Judiciário, e no ano de 2014, procurador-geral do Irã. Já em 2016, ele foi nomeado guardião do santuário do Imam Reza, uma das mais ricas fundações religiosas do Irã.
Trajetória na política
Raisi candidatou-se à presidência pela primeira vez em 2017, porém foi derrotado por Hassan Rouhani, que buscava um segundo mandato. Em 2021 Raisi venceu as eleições presidenciais.
O seu governo foi altamente marco por uma postura dura envolvendo questões de segurança interna. Além disso, houve uma tentativa de melhorar as relações com países vizinhos enquanto mantinha uma relação ruim com os Estados Unidos.
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