Empresas de seguros estão saindo de áreas afetadas por furacões, como a Flórida, após aumento da frequência e intensidade dos fenômenos, impulsionado pelas mudanças climáticas. Algumas empresas que operam na região estão à beira da falência e se vendo obrigadas a diminuir ou encerrar suas atividades na região.
Segundo o The New York Times, as perdas econômicas dessas duas últimas catástrofes climáticas, que ocorreram antes do período dos furacões, somam hoje aproximadamente 200 bilhões de dólares. A empresa de seguro “GreatFlorida Insurance” discorreu sobre as razões e consequências do encerramento das atividades nesse ramo.
“A Farmers Insurance, uma importante empresa do setor de seguros, anunciou recentemente sua decisão de descontinuar novas coberturas de apólices de automóveis, residências e guarda-chuva na Flórida. Espera-se que essa medida tenha impacto em cerca de 100.000 apólices. A empresa cita a necessidade de “gerenciar efetivamente a exposição ao risco” como a principal razão para essa decisão. No entanto, é essencial observar que apenas as apólices de marca da empresa, que compõem cerca de 30% das apólices vendidas na Flórida, serão afetadas. As apólices vendidas por suas subsidiárias, Foremost e Bristol West, permanecerão inalteradas” relata a empresa em seu site.
Com tempestades mais fortes, as seguradoras enfrentam um risco financeiro elevado devido ao número crescente de sinistros por danos. O recente furacão Helena foi classificado como o segundo furacão mais mortal a atingir os Estados Unidos nos últimos 50 anos, atrás apenas do Katrina, em 2005. Após essa catástrofe e o subsequente furacão Milton, que também atingiu a Flórida, muitas empresas decidiram limitar a cobertura ou parar de emitir apólices nessas regiões de alto risco. Na Flórida, os prêmios de seguro subiram drasticamente, tornando o Estado o mais caro para seguros residenciais.
Além do risco climático, a Flórida também sofre com altos custos de litígios, uma vez que várias ações judiciais são movidas contra as seguradoras por disputas de sinistros. Isso levou empresas como Farmers, Nationwide e AAA a reduzir sua atuação ou sair do mercado, complicando ainda mais a situação dos proprietários de imóveis que tentam encontrar seguros acessíveis. As empresas de seguro estão retirando-se dessas áreas para evitar riscos financeiros insustentáveis, diante do aumento das tempestades e também por conta da complexidade do mercado local.
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