Na quarta-feira, dia 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez diversas críticas à Organização das Nações Unidas (ONU), durante uma entrevista à imprensa na Espanha. Ele abordou temas como a criação de Israel e da Palestina, bem como a atuação da ONU na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Em relação à criação do Estado de Israel, Lula disse que a ONU conseguiu realizá-la em 1948, mas não conseguiu criar o Estado da Palestina em 2023. No entanto, é importante ressaltar que a ONU aprovou uma resolução de partilha da Palestina em 1947, que previa a criação de dois Estados: um para os árabes e outro para os judeus. Os líderes judeus aceitaram a proposta e, assim, fundaram Israel em maio de 1948. Já os líderes árabes recusaram a proposta e, desde então, têm se oposto à presença de um Estado judeu na região. Portanto, quem criou Israel não foi a ONU, mas sim os próprios judeus com base na resolução da ONU, e não foi a ONU que impediu a criação de um Estado palestino, mas sim a recusa dos líderes árabes.
“Vejo que a ONU era tão forte que em 1948 ela conseguiu criar o Estado de Israel”, disse Lula. “Em 2023, ela não consegue criar o Estado palestino”, completou.
Em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia, Lula afirmou que a ONU falhou ao não convocar sessões extraordinárias com todos os países membros para discutir o conflito. No entanto, é importante esclarecer que a ONU tem realizado sessões e debates sobre a crise na Ucrânia desde o início do conflito em 2014, e que as sanções econômicas contra a Rússia foram implementadas com base nas decisões da ONU.
“A ONU que me perdoe, mas poderia ter convocado algumas sessões extraordinárias com todos os países membros para discutir a guerra”, disse o presidente. “Por que não faz isso? Por isso vamos estar provocando para ter essa discussão.”
Lula também sugeriu a criação de um "G20 da paz" paralelo às ações da ONU, mas é importante lembrar que a ONU é a principal organização internacional responsável pela manutenção da paz e da segurança mundial, e que a criação de um grupo paralelo poderia enfraquecer a atuação da ONU e aumentar a fragmentação da comunidade internacional.
Em resumo, é importante que as informações divulgadas por autoridades públicas sejam precisas e baseadas em fatos concretos para evitar interpretações equivocadas e potenciais consequências negativas.
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