A empresa espanhola Eliminalia ganhou fama na internet por limpar imagens e preservar a reputação online de condenado por corrupção, lavagem de dinheiro, abuso sexual e tráfico de drogas em mais de 50 países. Alguns brasileiros foram identificados na enorme lista de clientes que precisavam ter a reputação limpa.
Segundo informação da Forbidden Stories, organização jornalística investigativa, os clientes chegavam a pagar US$ 500 a US$ 420 mil. O valor cobrado aos criminosos dependia do nível de complexidade dos itens que eles queriam neutralizar. Há indícios que a empresa tenha faturado milhões de euros nas últimas décadas.
O grupo jornalístico informou que o número de documentos e contratos vazados já chega a 50 mil. A Forbidden Stories conta com mais 30 veículos de imprensa, entre eles o jornal Folha de S. Paulo, que afirma que um dos clientes da Eliminalia é Airton Grazzioli, ex-promotor de Fundações do Ministério Público de São Paulo, acusado por corrupção.
Outro nome presente nos contratos é o de Wissam Mohamad Nasser, brasileiro-libanês envolvido com tráfico e exploração de mulheres. Alguns outros nomes de ditaduras de esquerda também são vistos em alguns contratos, como o de María Eugenia Baptista Zacarías, esposa do ex-ministro venezuelano de Transportes e Obras Públicas, subordinado pela Odebrecht.
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