Na atual corrida espacial, a China está fortemente empenhada em deixar sua marca na exploração lunar. Seu objetivo não se limita apenas à coleta de amostras do solo do nosso único satélite natural: Pequim tem uma visão mais ambiciosa em mente. Os chineses estão de olho na exploração de um recurso que tem o potencial de revolucionar a indústria de energia na Terra: o hélio-3.
O hélio-3 é um isótopo raro do hélio terrestre comum que muitos cientistas veem como um potencial combustível para futuros reatores de fusão nuclear. Seu potencial de fornecer uma fonte de energia limpa, não-radioativa e altamente eficiente no futuro tem instigado a imaginação de cientistas e engenheiros em todo o mundo.
O hélio-3 foi encontrado pelos chineses na Lua através de amostras coletadas durante a missão espacial chinesa Chang’e-5, que foi lançada em 2020. A missão fez história ao se tornar a primeira em mais de 40 anos a trazer amostras do solo lunar para a Terra.
Foi de uma dessas amostras que surgiu o Changesite-(Y), um mineral em formato de cristal colunar transparente e incolor. Ele foi encontrado pelos chineses em uma rocha lunar e, após estudos, a Agência Espacial da China confirmou que havia encontrado partículas de hélio-3 nele.
Essa nova descoberta adicionou um elemento intrigante à disputa das potências terrestres pela exploração espacial.
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