O governo da França anunciou nesta quinta-feira, 17, que começará a retirada de suas forças militares do Mali, onde seus soldados lideram uma força conjunta com aliados africanos e europeus contra extremistas islâmicos desde 2013.
No anúncio, o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou que a retirada das tropas francesas do país não significa um fracasso. Ele revelou que o vizinho Níger concordou em receber as forças europeias.
Ainda assim, a retirada – que ocorre depois de semanas de tensão, que incluíram a expulsão do embaixador francês – aumenta o temor de um crescimento desenfreado de combatentes fundamentalistas na região do Sahel, além de permitir o aumento da influência de países como Rússia e China na África Ocidental.
A penetração de jihadistas no Mali começou em 2012, com combatentes vindos da Líbia, após a queda do ditador Muamar Kadafi. Em 2013, os grupos estavam a ponto de ocupar capital Bamako, quando a intervenção francesa começou.
A chamada Operação Serval, foi inicialmente bem-sucedida, conseguindo instaurar uma democracia parlamentar e atraindo apoio da população. Desde então, o terrorismo vem ganhando força. A aprovação ao Exército francês caiu, em parte porque a população percebe a antiga metrópole agindo como se ainda tivesse a soberania do Mali.
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