Após o pronunciamento conjunto com o presidente russo, Vladimir Putin, ao término de uma reunião a portas fechadas no Kremlin, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que a crise da Ucrânia não foi discutida durante o encontro, mas afirmou que Putin "busca a paz" no mundo. Ao relatar que foi pressionado a abandonar a agenda em Moscou em meio à crise no Leste Europeu, Bolsonaro disse que "coincidência ou não, parte das tropas deixaram a fronteira".
O presidente brasileiro reconheceu que houve pressão de outros países para o cancelamento da agenda com Putin. A uma semana da viagem de Bolsonaro à Rússia, Washington reforçou o recado de que espera que o brasileiro transmita "valores compartilhados" com os Estados Unidos, como mostrou o Estadão.
"Coincidência ou não, parte das tropas deixaram a fronteira [com a manutenção da agenda em Moscou]. Tudo indica grande sinalização de que caminho para solução pacifica se apresenta no momento", declarou Bolsonaro a jornalistas em Moscou, após encontro com empresários locais.
De acordo com Bolsonaro, ele e Putin tiveram momentos de "muita informalidade" e comparou o seu relacionamento com o líder russo -- como costuma fazer com aliados no Brasil -- a um casamento. "É, realmente, mais do que um casamento perfeito o que eu levo para o Brasil", disse o chefe do Executivo.
"Somos solidários a todo e qualquer país desde que caminhe para soluções. Putin é pessoa que busca a paz, qualquer conflito não interessa a ninguém no mundo", finalizou.
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