O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o risco de uma “guerra nuclear” está aumentando. Putin culpou os Estados Unidos pela escalada de tensões e disse que o arsenal atômico russo é “defensivo”. Ele ainda acrescentou que não hesitará, se precisar, em usar as armas contra o Ocidente.
As reclamações vieram após a ajuda que a Ucrânia recebe de países da Otan.
Durante uma sessão no Conselho de Diretos Humanos, que reuniu jornalistas e figuras públicas próximas ao Kremlin, o chefe do executivo argumentou sobre a situação, “não vamos correr pelo mundo brandindo nossas armas como navalhas. São um fator de dissuasão, não provocador da expansão de conflitos. Espero que entendam isso”, argumentou.
Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, surgem especulações de que Putin poderia usar armas nucleares, porém, ganharam mais força em setembro, quando a contraofensiva das forças da Ucrânia no Nordeste do país permitiu a Kiev a recuperação de parte do território perdido.
Também em setembro, Putin anunciou uma “mobilização parcial” de 300 mil reservistas para o conflito. Naquele momento, o presidente da Rússia falou em uma “guerra nuclear” se fosse necessário, e criticou o Ocidente, que financia a Ucrânia, com dinheiro e equipamentos de defesa.
Putin comparou sua “missão” à do Czar Pedro, o Grande, afirmando que o imperador lutou pelo controle do Mar de Azov, contíguo ao Mar Negro. O presidente da Rússia afirma que a guerra na Ucrânia pode demorar mais que o previsto.
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