O governo do Chile anunciou nesta quinta-feira um alívio das quarentenas, com foco na retomada do ensino presencial e em uma abertura maior das atividades comerciais, embora se mantenham os toques de recolher e restrições de saída do país, no momento em que a proporção da população imunizada contra a covid-19 supera 57%.
O Chile, com 19 milhões de habitantes, atingiu quase 68% da população acima de 12 anos com ao menos uma dose, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford.
Há 30 dias, o número de novas infecções, óbitos e internações vêm diminuindo gradativamente, depois de uma terceira onda forte a partir de abril e maio, na volta das férias, quando houve um relaxamento das restrições de circulação e aglomeração.
O país usa na campanha de imunização a vacina da chinesa Sinovac, conhecida no Brasil como CoronaVac, e também em menor medida as da AstraZeneca e da Pfizer. Uma pesquisa feita no país com 10,2 milhões de pessoas que usaram a CoronaVac constatou que ela tem 65% de eficácia geral (contra doença sintomática), 87% contra a internação, 90% contra necessidade de UTI e 86% contra morte. O estudo foi publicado nesta semana no New England Journal of Medicine.
Desde março de 2020, o ensino no Chile em todos os níveis é feito majoritariamente de forma remota, acentuando as desigualdades, com alunos sem acesso a plataformas digitais ou conexão à internet.
A partir de agora, mesmo que haja surtos, o plano “Passo a Passo” de restrições "reconhece a educação como fundamental e a presença como de vital importância para a formação" dos alunos, embora por ora fique a critério dos pais enviar ou não os filhos à escola.
Autoridades mantiveram o controle nas fronteiras, que permanecem fechadas a estrangeiros e com limitações para os chilenos e residentes, em meio à ameaça de propagação local da variante Delta.
Com toques de recolher desde março de 2020 e endurecimento das restrições nos fins de semana, o novo plano reduz a duração do isolamento, que será aplicada segundo a evolução da pandemia em cada região. A partir da próxima semana, haverá uma abertura maior das atividades comerciais, com a volta dos cinemas e do público em jogos de futebol.
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