Com honrarias militares, o funeral do Príncipe Philip acontece neste sábado, 17, no Castelo de Windsor com uma breve procissão fúnebre, seguido por um serviço religioso restrito e um enterro privado. O decano de Windsor, David Conner, fez uma oração antes de o caixão ser trasladado para a capela de St George.
O cortejo fúnebre iniciou-se às 14h45 (horário local), com duração de oito minutos, saudações de honra e o toque do sino na torre do castelo. Participaram do cortejo os filhos da rainha Elizabeth II e de Philip, Charles (herdeiro do trono), Anne, Andrew e Edward, e alguns de seus netos, William, Harry e Peter Phillips. Também estavam presentes o marido de Anne, Timothy Laurence, e o sobrinho do monarca, David Linley.
A rainha apareceu com uma dama de companhia em um Bentley oficial e se juntou à retaguarda do cortejo enquanto o hino nacional, "God Save the Queen", tocava.
A cerimônia começou com um minuto de silêncio antes do início do serviço religioso em St. George, a capela gótica do século XV localizada no castelo de quase mil anos de Windsor, cerca de 50 km a oeste de Londres.
O funeral sóbrio de estilo militar com máscaras foi para poucos convidados devido à pandemia.
Antes da cerimônia, a monarca, que completa 95 anos nesta quarta-feira, 21, sentou-se só na capela para dizer adeus ao marido, o homem com quem ela se casou quando ainda era uma princesa, em 1947, e cuja morte a deixa sozinha no crepúsculo de seu reinado.
Devido ao coronavírus, os britânicos foram convidados a não viajar para Windsor. Ainda alguns decidiram fazer a viagem enquanto a maioria do país seguia o ato pela televisão. "As pessoas não deveriam vir, mas este é um grande evento, único, geracional o duque foi especial, por isso esperamos muitas pessoas ", disse à AFP Mark, 57, um das dezenas dos agentes de segurança nas ruas de Windsor.
Nas proximidades do castelo, curiosos como Kaya também estavam em silêncio. Mar, um pintor de 65 anos chegou no primeiro trem de Londres com um grande retrato do Príncipe Philip debaixo do braço. “Foi muito importante para mim estar aqui hoje”, assegurou. ”Foi um bom homem "e" o país vai sentir falta dele", completou.
Coberto com sua espada, seu boné naval e seu estandarte pessoal, o caixão do duque foi transferido pela manhã pelo porta-aviões do Primeiro Batalhão de Granadeiros - do qual o príncipe foi coronel por 42 anos - da capela particular da família. Philip morreu a apenas alguns meses de completar cem anos.
Mediador de conflitos
Vários especialistas reais asseguram que era o Príncipe Philip quem conduzia à mão de ferro a família marcada por crises, ajudando a rainha a resistir aos escândalos.
O mais recente deles é entre os príncipes Henry e William, cujo relacionamento encontra-se tenso. O funeral marca o reencontro entre os irmãos, pois é a primeira vez que os dois estão lado a lado desde que Harry deixou a família real e foi para o Canadá com a mulher, Meghan Markle – hoje, o casal vive na Califórnia com o filho Archie. Todos os os olhos estãovoltados aos dois, mas ainda não está claro se eles terão espaço para ter uma conversa particular – e, para os britânicos, esta é a grande questão envolvendo o funeral de Philip.
Harry chegou a Londres na semana passada e, desde então, está isolado, cumprindo quarentena. Segundo o jornal The Telegraph, os irmãos já se falaram por telefone e a princesa Kate Middleton, duquesa de Cambridge, mulher de William, estaria mediando a aproximação entre os dois.
Na cerimônia de hoje, toda a família real britânica usa trajes civis e os irmãos William e Harry caminharam separados por um primo – Peter Phillips –, também membro da realeza.
Harry, de 36 anos, abalou a monarquia há um ano quando decidiu abandonar suas funções reais. Por isso, ele se vestiucom roupas militares como seu irmão William, de 38 anos, que é o segundo na linha de sucessão ao trono – atrás apenas do pai, o príncipe Charles. Será a primeira aparição pública de Harry com a família real desde que ele e Meghan deram uma entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, na qual acusaram um membro não identificado da realeza de racismo.
Entre os presentes, além dos filhos, estão Camila, mulher de Charles, todos os netos do duque e suas mulheres (com exceção de Meghan, que está grávida e ficou nos EUA), os filhos da irmã da rainha – a princesa Margaret, morta em 2002 – e três parentes alemães de Philip.
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