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Papa: "É triste ver sacerdotes apegados ao dinheiro"

Papa Francisco se mostrou contra "carreiristas apegados ao dinheiro" e firmou que essa prática prejudicava a Igreja Católica.

Nesta sexta-feira (6) durante a homilia da missa realizada em sua residência no Vaticano, o papa Francisco disse que é “triste” ver que há sacerdotes e bispos “apegados ao dinheiro” e pediu para que “vençam a tentação de uma vida dupla”.
Imagem: DivulgaçãoPapa Francisco simplifica anulação de casamento(Imagem:Foto: Divulgação)Papa Francisco simplifica anulação de casamento

O papa ficou contra o que chama de “carreiristas apegados ao dinheiro” e afirmou que isso prejudicava a Igreja Católica. "O cristão está chamado ao serviço, não a servir-se dos outros", acrescentou o pontífice.

No dia anterior, na quinta-feira (5), foram publicados dois livros com documentos secretos da Santa Sé onde apontava irregularidades financeiras no Vaticano e de excesso de despesas cometidos por cardeais.

Nos livros aparecem dados dos apartamentos e residências de alguns cardeais e bispos, como é o caso do ex-secretário de Estado, Tarsicio Bertone, que vive em uma mansão que vale milhões de euros.

O Vaticano afirmou que os documentos contidos no livro procedem de relatórios realizados pela Santa Sé e correspondem a uma “fase de trabalho já superada”.

Solidão


O autor do livro com documentos secretos do Vaticano, “Avarizia”, Emiliano Fittipaldi, afirmou que o papa Francisco “está bastante só”. De acordo com Fittipaldi, o pontífice tenta fazer reformas estruturais e ser transparente com as finanças do Vaticano, mas membros da própria Igreja Católica estão tentando sabotar a proposta do papa.

O autor afirmou ainda que em processos de canonização, a família dos candidatos a beatos ou santo é cobrada. "Há alguns casos nos quais os parentes das pessoas que morreram e que estão à espera de ser beatificados e canonizados podem pagar até 200.000, 300.000 ou 400.000 euros", afirmou.

O outro livro que fala sobre escândalos no Vaticano chama-se “Via Crucis”, do autor Gianluigi Nuzzi. Antes dos livros serem lançados, o padre espanhol Lucio Vallejo Balda e a italiana Francesa Chaouqui foram presos apontados como responsáveis pelo vazamento de informações.

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