Imagem: APBombardeio a hospital dos Médicos Sem Fronteiras mata 16
Na madrugada deste sábado (3) um bombardeio atingiu um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do Afeganistão. De acordo com a ONG, o bombardeio matou pelo menos 16 pessoas.
Entre os mortos estão nove funcionários e sete pacientes sendo quatro adultos e três crianças. Outras 37 pessoas ficaram feridas, entre elas, 19 funcionários.
Imagem: Divulgação/Médicos Sem FronteirasBombardeio a hospital dos Médicos Sem Fronteiras mata 16
A organização afirmou em nota que todas as partes envolvidas no conflito no país foram avisadas sobre a localização do hospital e obre todas as outras instalações do grupo.
Ainda segundo a MSF, mesmo após informarem sobre o ataque aos militares norte-americanos e afegãos, o bombardeio continuou por 30 minutos.
O hospital em Kunduz é um centro-sanitário e estava funcionando acima de sua capacidade durante os recentes combates entre o exército e os talibãs, que assumiram o controle da cidade há alguns dias.
“O centro de traumatologia da MSF em Kunduz foi atingido várias vezes durante um bombardeio prolongado e ficou muito danificado”, informou a MSF em um comunicado.
“Confirmamos a morte de nove membros da MSF durante o bombardeio. 37 pessoas estão gravemente feridas e se desconhece o paradeiro de muitos funcionários e pacientes”, continua o texto.
Durante o bombardeio, o centro de traumatologia contava com 105 pacientes e mas de 80 funcionários. Na véspera a ONG havia avisado que 59 crianças estavam sendo atendidas no centro.
Responsáveis
A Otan informou à AFP que um ataque aéreo norte-americano pode ter atingido o hospital. “As forças americanas realizavam uma ataque aéreo em Kunduz contra pessoas que ameaçavam as forças da coalizão, o que pode ter provocado danos colaterais em um centro médico nas proximidades do alvo”, declarou o porta-voz da missão da Otan no Afeganistão à AFP, coronel Brian Tribus.
“Extremamente trágico, sem desculpas e possivelmente até criminoso”, se manifestou o chefe do escritório de Direitos Humanos da ONU.
Ver todos os comentários | 0 |