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Igreja aprova medidas que acolhem gays e divorciados

A aprovação se deu com maioria de dois terços, mas muitos bispos conservadores se mostraram insatisfeitos com o documento.

Neste sábado (24) os bispos adotaram um documento que atende aos pedidos do Papa Francisco para criar uma igreja mais acolhedora para gays, pessoas que não se casaram no religioso e divorciados recasados.

O documento ressalta o papel do discernimento e da consciência individual no manejo de situações familiares difíceis e na prática, cabe a cada padre a decisão de como lidar com temas controversos, como a comunhão de pessoas divorciadas.
Imagem: DivulgaçãoPapa Francisco simplifica anulação de casamento(Imagem:Foto: Divulgação)Papa Francisco simplifica anulação de casamento

A aprovação do documento se deu com maioria de dois terços. Os conservadores resistiam ao direito à comunhão aos divorciados. Com a aprovação do documento, cada caso tem sua sentença, e acordo com a doutrina católica.

A cúpula de 270 bispos expôs as diferenças nos pensamentos entre os prelados ante o pedido do papa para a Igreja se tornar menos crítica. Os temas mais polêmicos do sínodo foram os homossexuais e os divorciados.

O texto repetiu a doutrina da igreja que diz que os gays devem ser respeitados e amados, mas acrescentou que as famílias homossexuais requerem cuidado pastoral especial.

Poucos dias antes do sínodo, o Papa Francisco retirou do debate um tema polêmico e aprovou uma norma que facilita o processo para que casais divorciados consigam a nulidade de seu casamento.

O sínodo se centrou em questões como oferecer à Igreja uma melhor preparação para o casamento de novos casais, como acolher famílias divididas pela imigraão, pela pobreza ou pela guerra.

"Não creio que nenhuma de nossas famílias seja perfeita. Todas as nossas famílias, incluindo a minha, têm pessoas com problemas. Temos de caminhar com eles e ajudá-los”, disse o cardeal canadense Gerald Lacroix.

Os cardeais mais conservadores fizeram uma carta ao Papa Francisco onde se queixavam dos procedimentos do sínodo e advertiam que caso a Igreja Católica cedesse às pressões dos fiéis, a instituição entraria em colapso.

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