As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta quinta-feira (17) a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e apontado como o principal mentor dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas em Israel. Sinwar foi localizado em um esconderijo na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e morto durante confronto terrestre com soldados israelenses. Israel informou que exames de DNA e comparação de arcada dentária confirmaram a identidade do militante.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou que Sinwar foi eliminado após um ano de buscas intensas, durante o qual ele teria se escondido em túneis e áreas civis na Faixa de Gaza. A operação contou com esforços do serviço secreto israelense (Shin Bet) e envolveu várias ações nas semanas anteriores, limitando os movimentos do líder do Hamas até culminar em sua morte. Israel classificou Sinwar como o responsável direto pelo massacre de outubro e havia prometido sua eliminação como represália ao ataque.

Fontes do Hamas, em contato com a agência Reuters, também indicaram que Sinwar teria sido morto por forças israelenses durante uma operação em Gaza. No mesmo confronto em Rafah, três combatentes do Hamas foram mortos em troca de tiros com os soldados israelenses. Além disso, redes de TV israelenses afirmaram, com base em informações do gabinete de segurança, que era "muito provável" que Sinwar estivesse entre os mortos.

Yahya Sinwar era uma das figuras mais influentes do Hamas, tendo assumido o comando total do grupo após a morte de Ismael Haniyeh no Irã, em julho. Anteriormente, Sinwar passou 23 anos preso em Israel, condenado pela morte de dois soldados e de quatro palestinos acusados de colaborar com Israel. Ele foi libertado em 2011 como parte de um acordo que trocou 1.027 prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2006.

Nesta quinta-feira, um bombardeio israelense atingiu uma escola em Jabalia, onde estavam civis deslocados, causando 28 mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O grupo nega que a escola fosse usada para fins militares. Desde o início do conflito, Israel intensificou os ataques contra alvos na Faixa de Gaza, resultando em milhares de mortes, incluindo civis, e aprofundando a escalada de violência na região.