Os eleitores de Taiwan iniciaram a votação para a escolha do novo presidente na manhã de sábado, horário local, e na noite de sexta-feira (11) para o resto do mundo. O resultado desta eleição tem uma importância que transcende as fronteiras da pequena nação, situada a apenas 180 quilômetros da costa da China.
Taiwan, que se tornou o epicentro de uma crise entre os Estados Unidos e a China, é um dos territórios mais ambíguos no atual cenário geopolítico mundial, além de ser estratégico para as potências globais. Para a China, Taiwan é uma província rebelde que ainda faz parte de seu território. No entanto, para o governo de Taiwan, a ilha é um estado independente, regido por sua própria Constituição.
Por décadas, Taiwan foi considerada o próprio governo chinês no exílio. Isso se deve ao fato de que os atuais governantes de Taiwan foram os adversários derrotados pelos comunistas que governam a China atualmente, na década de 1940. A eleição tem o potencial de deteriorar ainda mais as já tensas relações entre Taiwan e China, e até mesmo acelerar os planos chineses de invadir a ilha.
Horas antes do início da votação, a China fez ameaças abertas aos políticos que defendem a independência de Taiwan. O governo chinês afirmou que tomará todas as medidas necessárias para “esmagar” qualquer plano de independência, alegando que isso não é compatível com a paz. Essa situação coloca Taiwan em uma posição delicada, equilibrando-se entre a busca pela autonomia e a pressão de uma das maiores potências mundiais.