Criminosos explodiram uma bomba no Viaduto da estação Parangaba da Linha Sul do Metrofor, em Fortaleza, durante a madrugada desta quinta-feira, 10, no 9º dia da onda de violência que atinge o Estado.
A explosão foi registrada por volta de 0h40. No início da manhã, engenheiros foram ao local para checar a estrutura do viaduto. Após análise, observou-se que o dano foi superficial e o funcionamento dos trens não foi afetado. O reforço policial está mantido nas proximidades da estação.
- Foto: Kleber Gonçalves/Futura Press/Estadão ConteúdoForça Nacional atuando em Fortaleza, no Ceará
O Metrofor informa ainda que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) está acompanhando o caso. A SSPDS informa que 277 suspeitos já foram presos ou apreendidos por participação nos atos criminosos registrados nos últimos dias no Estado.
"As prisões e apreensões registradas na capital, região metropolitana e interior são oriundas de ações das Polícias Civil e Militar do Ceará, que atuam incessantemente para garantir segurança a todos os cidadãos cearenses e a normalidade no funcionamento dos serviços públicos", destacou a nota.
Ataques
O Ceará registrou 11 ataques na quarta-feira, 9. Desde o dia 2 de janeiro, os atentados afetam a movimentação nas ruas de Fortaleza, que é menor do que o habitual. Foram transferidos na quarta para o presídio federal de Mossoró (RN) 21 presos.
Com menos carros nas principais avenidas da capital cearense, o trânsito flui com mais rapidez, mas há falhas na circulação do transporte coletivo. Na quarta-feira, a frota de ônibus foi reduzida às 20h, segundo o Sindiônibus. As operações das linhas Sul e Oeste do metrô e do VLT Parangaba-Mucuripe também foram encerradas no mesmo horário.
Ações
Em entrevista à TV Verdes Mares na manhã desta quarta-feira, o governador Camilo Santana (PT) disse que a série de rebeliões ocorridas em 2016 destruiu o sistema penitenciário cearense. Para ele, as ações criminosas de agora são uma resposta ao trabalho de combate ao crime organizado iniciado em seu governo.
O comandante da PM, coronel Alexandre Ávila, disse que o patrulhamento ostensivo e preventivo aos ataques feito na capital e na região metropolitana está acontecendo 24 horas por dia, com cerca de mil policiais em cada turno.
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