A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), a Operação Dolo Malo, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), visando reprimir crimes em licitação realizada pelo município de Timon (MA), que resultou na assinatura de contrato de mais de R$ 9,1 milhões, com recursos oriundos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Timon. A investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias (MA) identificou um grupo criminoso que frustrou o caráter competitivo de processo licitatório e o direcionou para favorecer a empresa vencedora do certame.
O contrato, no valor de R$ 9.182.130,66 (nove milhões, cento e oitenta e dois mil cento e trinta reais e sessenta e seis centavos), tinha por objeto a construção de obras de saneamento básico em Timon.
Pagamento de propina
Segundo a PF, foram pagos valores, em forma de propina, a servidores municipais de Timon, por meio de depósitos em contas de empresas de fachada e de familiares ligados a esses funcionários.
O grupo, composto por empresários, servidores e parentes dos investigados, realizou movimentações financeiras suspeitas na casa dos R$ 12 milhões, entre os meses de abril de 2022 e agosto deste ano. As transferências entre as pessoas físicas e jurídicas tinham como destinatário final ocupantes de cargos de gestão da Prefeitura de Timon.
Bens aprendidos
Durante a operação, foram apreendidos sete veículos e R$ 93.700,00 em espécie. A ação contou com a participação de 40 policiais federais dos estados do Piauí e Maranhão, além de servidores da CGU.
São apurados crimes de associação criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva e frustração do caráter competitivo da licitação.
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