O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o Brasil e outros países por suas políticas tarifárias durante um discurso no último dia 27. Ao abordar a questão das tarifas sobre produtos estrangeiros, Trump incluiu o Brasil em uma lista de nações que, segundo ele, “querem mal” aos Estados Unidos. O presidente americano declarou que a China, a Índia e o Brasil são alguns dos países que impõem altas tarifas sobre os produtos americanos e, por isso, defendem um tratamento recíproco, ou seja, a aplicação das mesmas taxas sobre os produtos estrangeiros.
Trump ressaltou que a aplicação de tarifas é uma estratégia fundamental para proteger a indústria norte-americana e, consequentemente, fortalecer a economia dos EUA. “Vamos colocar a América em primeiro lugar”, afirmou o ex-presidente, reafirmando sua posição de que a taxação de produtos importados é essencial para promover a produção interna. A menção ao Brasil foi feita no contexto de sua política de comércio exterior, que visa aumentar a competitividade dos produtos norte-americanos no mercado global.
"Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa", disse Trump na época, durante uma entrevista coletiva em Mar-a-Lago, na Flórida. Agora, ele reforça a ideia de que as tarifas são essenciais para proteger os interesses econômicos dos EUA.
Além do Brasil, Trump mencionou o recente atrito com a Colômbia, que inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados dos EUA. O presidente americano reagiu com a ameaça de impor uma tarifa de 25% sobre produtos colombianos, mas recuou após o governo colombiano aceitar os voos. Trump usou o episódio para exemplificar como as tarifas podem ser uma ferramenta de pressão política e econômica. "Se eles não fabricarem seus produtos na América, então, muito simplesmente, eles devem pagar uma tarifa", afirmou.
A política de tarifas defendida por Trump não se limita ao Brasil e à Colômbia. Desde sua campanha eleitoral, ele prometeu aumentar barreiras comerciais contra a China e outros países. Recentemente, o presidente americano ameaçou impor uma taxa de 10% sobre produtos chineses a partir de 1º de fevereiro, alegando que a droga fentanil está sendo enviada da China para o México e o Canadá. No entanto, apesar das promessas, Trump ainda não implementou as tarifas de forma imediata, o que contribuiu para a desvalorização do dólar nos mercados globais.
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