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Internacional

Trump assina decretos para restaurar a liberdade de expressão nos EUA

O primeiro decreto reforça o compromisso do governo com a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

No primeiro dia de seu novo mandato, em 20 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou dois decretos com foco na liberdade de expressão e na responsabilização de antigos oficiais do Governo Joe Biden por suposta interferência eleitoral.

O primeiro decreto, intitulado Restaurando a Liberdade de Expressão e Encerrando a Censura Federal, reforça o compromisso do governo com a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, garantindo que nenhum recurso federal seja utilizado para restringir a liberdade de expressão no país. Trump argumentou que, sob a administração de Biden, houve "pressão substancial" sobre empresas de redes sociais para censurar conteúdos que divergiam da narrativa oficial. O decreto denuncia que, sob a justificativa de combater a "desinformação", o governo anterior violou direitos fundamentais dos cidadãos.


Foto: Reprodução/ Redes sociaisDonald Trump
Donald Trump

Investigação sobre censura e interferência eleitoral

O segundo decreto, Responsabilizando Antigos Oficiais do Governo por Interferência Eleitoral e Divulgação Indevida de Informações Sensíveis, busca apurar supostas irregularidades na eleição presidencial de 2020. Como parte dessa medida, Trump revogou as credenciais de segurança de 51 ex-oficiais de Inteligência, incluindo nomes como James Clapper, John Brennan e Michael Hayden. Eles são acusados de manipular o processo político ao classificar as revelações sobre o laptop de Hunter Biden como "desinformação russa".

John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional e crítico de Trump, também teve suas credenciais revogadas. Segundo o decreto, ele publicou um livro contendo informações sensíveis, comprometendo a segurança nacional.

A investigação sobre as práticas de censura do governo democrata será conduzida pela nova procuradora-geral, Pam Bondi. Ela deverá apresentar um relatório diretamente ao presidente, recomendando medidas corretivas. Além disso, Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional, e John Ratcliffe, diretor da CIA, devem entregar um documento ao conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, detalhando possíveis atividades inadequadas na Comunidade de Inteligência e propondo soluções para evitar influências indevidas em futuras eleições.

Pressão sobre redes sociais

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou que sua empresa foi pressionada pelo governo Biden para censurar conteúdos relacionados à covid-19 e ao laptop de Hunter Biden. Em uma carta ao Comitê Judiciário da Câmara, Zuckerberg afirmou que "a pressão do governo foi errada" e que lamenta não ter sido mais firme contra essa interferência.

Ele também destacou que o FBI alertou a Meta sobre o laptop de Hunter, sugerindo que se tratava de desinformação russa. Como resultado, a empresa restringiu temporariamente o alcance da história, posteriormente confirmada como verdadeira pelo New York Post.

Consequências do caso Hunter Biden

Os documentos encontrados no laptop de Hunter Biden levantaram dúvidas sobre seus negócios com a Burisma, uma produtora de gás natural na Ucrânia, e o suposto envolvimento de Joe Biden nesses acordos durante seu mandato como vice-presidente. Trump argumenta que, se essas informações tivessem sido amplamente divulgadas, poderiam ter impactado a campanha presidencial de Biden em 2020.

Após a vitória de Trump nas eleições de novembro, Zuckerberg anunciou mudanças na política de moderação do Facebook para garantir maior liberdade de expressão. Ele também visitou Trump em Mar-a-Lago durante a transição de governo e participou de sua cerimônia de posse.

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