O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) anunciou, nesta quinta-feira (26), a descoberta de mutações no vírus responsável pelo primeiro caso humano grave de gripe aviária no país. As mutações foram identificadas no gene da hemaglutinina (HA), que desempenha um papel crucial na ligação do vírus às células hospedeiras. Segundo o CDC, as alterações detectadas são raras em humanos, mas já foram observadas em outros casos graves de gripe aviária ao redor do mundo.
O caso grave foi registrado em um idoso da Louisiana, internado com sintomas de insuficiência respiratória. Amostras respiratórias do paciente foram analisadas e revelaram a presença do genótipo D1.1 do vírus HPAI A (H5N1), o mesmo encontrado recentemente em aves selvagens e domésticas nos Estados Unidos, além de casos humanos no estado de Washington e no Canadá. Esse genótipo é distinto do B3.13, identificado anteriormente em outros surtos envolvendo aves e casos humanos em diferentes estados.
Apesar da gravidade do caso e das mutações genéticas detectadas, o CDC reafirma que o risco para a população em geral permanece baixo.
A agência, no entanto, destacou a necessidade de continuar monitorando a evolução do vírus e investigando possíveis adaptações genéticas que possam aumentar o risco de transmissão entre humanos.
“A detecção de um caso humano grave com alterações genéticas em uma amostra clínica ressalta a importância da vigilância genômica contínua em pessoas e animais, contenção de surtos de influenza aviária A(H5) em gado leiteiro e aves, e medidas de prevenção entre pessoas com exposição a animais ou ambientes infectados”, declarou o CDC em comunicado.
Além disso, a contenção de surtos de influenza aviária em aves e outras espécies é considerada essencial para prevenir novos casos humanos. Medidas de prevenção devem ser intensificadas entre pessoas que trabalham diretamente com animais ou em ambientes potencialmente contaminados.
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