O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que, a partir de agora, pessoas transgênero estarão proibidas de se alistar nas Forças Armadas do país. Além disso, todos os procedimentos médicos relacionados à transição de gênero para militares em serviço serão interrompidos.

A decisão foi oficializada nessa segunda-feira (10), com a assinatura de um memorando do secretário de Defesa, Pete Hegseth , protocolado na Justiça. Essa medida segue um decreto assinado pelo presidente Donald Trump no final do mês passado, no qual o republicano declarou que a ideologia de gênero diferente do sexo biológico é "incompatível com o serviço militar".

Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil
Donald Trump

No memorando, Hegseth determinou que "todas as novas adesões de indivíduos com histórico de disforia de gênero estão suspensas". Ele também ordenou a suspensão de "todos os procedimentos médicos não programados, já marcados ou planejados, relacionados à afirmação ou facilitação de uma transição de gênero para membros do serviço".

Trump justificou a medida afirmando que um homem que se identifica como mulher "não é compatível com a humildade e a abnegação exigidas de um integrante do serviço".

O secretário de Defesa dos EUA ressaltou que os militares transgêneros atualmente em serviço serão tratados "com dignidade e respeito". O subsecretário de Defesa para Pessoal e Prontidão será responsável por fornecer mais detalhes sobre a implementação dessas diretrizes.

As Forças Armadas dos Estados Unidos têm cerca de 1,3 milhão de funcionários ativos. Grupos de defesa dos direitos das pessoas transgênero estimam que até 15 mil militares possam se identificar como transgêneros, enquanto as autoridades acreditam que esse número seja significativamente menor, na faixa de poucos milhares.