O goleiro francês Mike Maignan foi alvo de ataques racistas durante a partida entre Milan e Udinese. Na metade do primeiro tempo, o arqueiro do Milan ouviu a torcida do Udinese imitar sons de macacos sempre que ele tocava na bola. Ele reclamou do ocorrido com o árbitro da partida. Após os Rossoneros abrirem o placar, Maignan voltou a ser alvo das ofensas, e a partida foi paralisada.
Os jogadores do Milan chegaram a deixar o campo de jogo devido aos gritos racistas, retornando pouco depois, quando a partida foi retomada. No entanto, toda vez que o goleiro francês tocava na bola, a torcida do Udinese o atacava, desta vez com vaias.
O caso de racismo gerou comoção na internet, onde diversos outros jogadores chegaram a se pronunciar sobre o assunto, incluindo Vini Jr, que já foi vítima de racismo em diversos jogos na Espanha. O atacante brasileiro reafirmou a fala de Maignan de que apenas palavras não vão mudar este cenário e pediu que os racistas sejam presos.
“Só falar não vai mudar nada. Estas são as palavras de Maignan. É hora de prender os racistas para que tenham vergonha de quem são. Agradeço aos que realmente apoiam a nossa luta e lamento aqueles que só aparecem com palavras vazias para ganhar a simpatia da imprensa. Sempre com você, Maignan”, escreveu em suas redes sociais.
Além de Vini Jr, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, se pronunciou sobre o caso e defendeu que os times cujos torcedores cometam racismo ou injuria racial sofram derrota automática. “Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), nós temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como banimento mundial de estádios e acusações criminais para racistas”, declarou.
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