Renato Rodrigues
A Rússia foi banida de competições em todo o mundo devido aos crimes de guerra praticados na invasão da Ucrânia e agora a UEFA decidiu liberar as seleções de base do país do Leste Europeu. O anúncio aconteceu nesta terça-feira (26), após reunião do Comitê Executivo da entidade em Limassol, no Chipre.
No comunicado oficial, a UEFA afirmou que está “ciente de que crianças não devem ser punidas por ações de responsabilidade exclusivamente dos adultos” e lamentou o fato que “devido ao conflito persistente, uma geração de menores seja privada do seu direito de competir no futebol internacional”.
“A suspensão contínua da Uefa contra times adultos reflete o compromisso de tomar uma posição contra a violência, a agressão. A Uefa está determinada a manter essa postura até que a guerra acabe e a paz seja restaurada. Porém, ao banir crianças de nossas competições, não só falhamos em reconhecer e defender um direito fundamental ao seu desenvolvimento holístico, mas também as discriminamos diretamente. Ao proporcionar oportunidade para jogar e competir com seus colegas de toda a Europa, investimos no que esperamos ser uma futura geração mais brilhante e mais capaz, além de um amanhã melhor”, afirmou Aleksander Ceferin, presidente da Uefa.
Agora, o Comitê Executivo da entidade máxima do futebol europeu pediu para que o setor administrativo encontrasse uma solução para reintegrar a seleção sub-17 da Rússia, masculina e feminina, mesmo em competições cujos sorteios já tenham acontecido.
O retorno, porém, ainda não contará com a bandeira russa, tampouco o hino nacional e uniforme da seleção. A medida é idêntica ao que aconteceu com a delegação russa os Jogos Olímpicos de Tóquio. A medida não tem relação alguma com a seleção principal, que segue banida pela Fifa e não participa da Eurocopa e Liga das Nações. No futebol de clubes, os profissionais estão fora da Champions League, Liga Europa e Liga Conferência.
Ver todos os comentários | 0 |