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Jogadores brasileiros conseguem transporte para sair do Sudão

Um deles é o atacante Paulo Sérgio, ex-Flamengo, que afirmou que o governo brasileiro não prestou ajuda.

Na tarde deste domingo (23) o grupo de jogadores brasileiros e membros da comissão técnica do Al-Merreikh começaram a deixar o Sudão, onde estavam presos em meio à guerra civil que assola o país. O grupo é formado por quatro jogadores e cinco membros da comissão.

Os brasileiros conseguiram um ônibus alugado, que foi disponibilizado pelo próprio clube, para se deslocarem para fora do país. O ônibus tem o planejamento de levar o grupo até a divisa com o Egito.


Foto: Reprodução/InstagramJogador Paulo Sérgio crítica postura do governo brasileiro
Jogador Paulo Sérgio crítica postura do governo brasileiro

Ainda na manhã deste domingo, o atacante Paulo Sérgio, ex-Flamengo, um dos atletas que se encontra no país, fez publicações em suas redes sociais cobrando ajuda do Itamaraty e do presidente Lula. Segundo o atacante, este domingo era o último dia para os estrangeiros saírem do Sudão e que o grupo de brasileiros não estava tendo auxilio do governo brasileiro.

Na última sexta-feira (21), o grupo paramilitar do Sudão anunciou que concordava com a trégua por 72 horas, por conta de motivos humanitários. Ou seja, a janela para o grupo de brasileiros saírem do Sudão acabava neste domingo, caso o time não arranjasse o ônibus para fazer o translado até o Egito.

Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo está empreendendo esforços para retirar o grupo de brasileiros que estão no Sudão.

Confira a nota na integra

O governo brasileiro segue empreendendo esforços para retirar todos os brasileiros em território sudanês tão logo quanto possível. Estabeleceu-se como prioritária a retirada dos brasileiros que se encontravam na capital, Cartum, onde houve grande parte dos conflitos nos últimos dias.

Registravam-se 16 nacionais naquela cidade. Entre esses, preocupava especialmente a situação de três crianças, que deixaram Cartum esta madrugada, em companhia do pai, em comboio da ONU para o leste do país. Outros 10 saíram esta tarde por via terrestre em direção ao norte. Uma cidadã seguiu para cidade ao sul, conforme orientada pela organização da qual faz parte. Resta um cidadão brasileiro na capital, que presumia poder ser evacuado esta manhã, o que acabou não sendo possível. Encontra-se em segurança e aguardando orientações.

O governo brasileiro chegou a viabilizar evacuação mais ampla em coordenação com a ONU e com países europeus, o que não pôde ser concretizado por questões de deslocamento e segurança.

O Brasil permanece em estreito contato com a ONU e com outros governos com nacionais no Sudão e continua a monitorar a situação dos demais brasileiros no país, que por estarem em localidades não conflagradas, estão em situação de menor risco relativo.

O conflito

A guerra se iniciou no último sábado (15), com os combates sendo concentrados na capital Cartum, e nas cidades vizinhas de Omdurman e Bahri. O conflito fica centrado entre o exército, que é liderado pelo general Abdel-Fattah, que é o comandante das forças armadas e o grupo paramilitar, um comandado pelo general Mohammed Hamdan Dagalo, chefe das Forças de Apoio Rápido.

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