Presidente interino da CBF desde o início da manhã desta segunda-feira, o coronel Antônio Carlos Nunes quer manter o técnico Tite no comando da seleção brasileira. A posição do cartola é a mesma de outros vices da entidade, com quem esteve reunido nesta tarde na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Entre os dirigentes, há o entendimento de que uma mudança no comando técnico da seleção agora não traria benefício algum. O trabalho do treinador é bem avaliado e os números corroboram isso: até o momento, o Brasil disputou cinco jogos das Eliminatórias e venceu todos, liderando de forma isolada o qualificatório sul-americano para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.
Mais cedo, Nunes já havia externado sua posição ao jornal O Liberal, do Pará, seu reduto. "Não consegui falar com o Tite de ontem (domingo) para hoje. A ideia era falar que a decisão veio pra minha mão. Gosto muito do trabalho dele. Ele é sério. Já sei como é. Não adianta que, por uma questão de vaidade, colocar fulano. Não funciona assim", comentou.
"Eu digo assim: não estamos ganhando? Saímos vencedores da Copa América (de 2019). E, praticamente, classificados na Copa do Mundo. Se ganhar amanhã (terça), vamos aos 18 pontos. Aquele ditado: em time que está ganhando não se mexe."
Assim, Tite deixará de ser técnico da seleção apenas se optar por isso, o que é muito improvável. Isso porque o treinador conta com total apoio dos jogadores, que nesta segunda-feira confirmaram que irão disputar a Copa América.
Reunião
Nesta segunda, Nunes foi um dos cinco vice-presidentes que estiveram na Barra da Tijuca. Além dele, Castelar Modesto Neto, Ednaldo Rodrigues, Francisco Novelleto e Gustavo Feijó também foram à CBF. Secretário-geral da entidade, Walter Feldman participou das conversas.
O acesso à sede da CBF foi limitado aos cartolas e funcionários da entidade. Os dirigentes entraram direto pelo estacionamento e ninguém parou para falar com a imprensa.
A permanência de Tite à frente da seleção e os primeiros passos visando a sucessão do cartola fizeram parte das conversas. Não houve uma pauta definida para o encontro. Aliás, formalmente não houve nem mesmo uma assembleia de dirigentes. Mas havia - e ainda há - muita coisa a se discutir. No curto prazo, a Copa América. No médio, quem assumirá a presidência da CBF pelos próximos dois anos.
Ainda que Rogério Caboclo não tenha sido apeado definitivamente do cargo - o afastamento é temporário, por 30 dias -, há o entendimento de que não há mais condições de ele retomar seu posto. Até lá, Antônio Carlos Nunes será presidente da CBF.
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