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Procuradoria vê indícios de fraude em assinaturas de Neymar

Documentos da mesma data tem assinaturas diferentes.

De acordo com documentos que constam na denúncia do Ministério Público Federal contra Neymar, duas assinaturas diferentes em contratos indicam a participação direta do jogador em um esquema de fraude para sonegar impostos.

As diferentes assinaturas aparecem em documentos datados do mesmo dia e os investigadores acreditam que, por conta da diferença, pelo menos um dos documentos tenha sido assinado com data retroativa – o que é ilegal.
Imagem: Reuters Neymar chega ao tribunal para prestar depoimento na Espanha(Imagem:Reuters )Neymar chega ao tribunal para prestar depoimento na Espanha

O agravante é que nenhuma das assinaturas corresponde à firma do jogador do Barcelona registrada em um cartório de Santos. Investigadores acreditam que as fraudes começaram a acontecer quando o jogador passou a ter reconhecimento ainda no time do Santos.

Para eles, o pai de Neymar, que também é o empresário do craque, percebeu inúmeras lacunas contábeis na forma como gerenciava a carreira do filho. Os investigadores acreditam que para solucionar os problemas, o pau passou a “fabricar” contratos que não existiam, colocando assinaturas em documentos com datas anteriores.

O Ministério Público Federal acusou Neymar e dois dirigentes do Barcelona na quarta (28), de terem praticado seis vezes o crime de falsidade ideológica e três o de sonegação. O pai do atacante foi apontado como “mentor” do esquema. Neymar pai foi acusado por 21 crimes de sonegação e 12 de falsidade, entre os anos de 2006 e 2013.

A acusação afirma que pai e filho criaram três empresas de fachada – Neymar Sport & Marketing, N&N Consultoria e a N&N Administração de Bens – para pagar menos impostos.

A Procuradoria diz que as empresas não tem capacidade operacional e nem funcionários e que a estratégia para burlar o fisco é do tempo que o atacante ainda jogava no Santos.

De acordo com a revista “Veja”, o jogador recebeu R$ 43,78 milhões do Santos entre os anos de 2010 e 2013. Dessa quantia, apenas R$ 8,1 milhões eram de salários e o resto era de direitos autorais, deixando aparente rastros de ilegalidade.

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