Neymar comprou Porsche de forma irregular, afirma Receita Federal

Em julho de 2014, a Receita Federal apreendeu um Porsche Panamera 2011 do atacante Neymar, por supostas irregularidades no ato da compra. Desde então, o veículo está sob a guarda do poder público.

De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, o carro foi adquirido pela empresa que cuida do direito de imagens do jogador, a Neymar Sport e Marketing, pelo valor de R$ 349 mil, em 2011, quando o atleta ainda defendia o Santos.

A Receita Federal autuou a empresa e a acusou de ter usado outra empresa irregularmente para importação do veículo, em prática conhecida como “importação por encomenda não declarada” – quando combinam a negociação sem seguir as normas legais.

A Neymar Sport e Marketing divulgou nota oficial se defendendo. No comunicado afirmava ter adquirido mercadoria da empresa First S/A, por intermédio da Select Import LTDA. A empresa do jogador sustenta que todos os valores foram pagos regularmente à empresa compradora do veículo no exterior, que foi entregue na data combinada. A First S/A não se pronunciou sobre o caso.

A empresa que cuida da imagem do jogador divulgou em nota que em 2013 a empresa foi surpreendida com uma fiscalização sofrida pela First, quando foi decretado a pena de perdimento do automóvel, “assim como ocorreu com outros produtos da First”.

Na nota também afirma que a possibilidade de não ter de volta o Porsche é remota e que caso isso ocorra, a First devolverá o dinheiro ou entregará outro veículo semelhante.

Presente de Grego

O Porsche do jogador foi presente do pai para pagar uma aposta com o filho em 2011, no Sul-Americano Sub-20. Para ganhar o presente, o jogador deveria ser campeão e artilheiro do torneio e foi isso o que aconteceu.

O veículo era originalmente branco, mas Neymar pediu para adesiva-lo de amarelo. O carro é um Porsche Panamera 2011.

Má sorte

Semana passada o desembargador Carlos Muta determinou o bloqueio de R$ 188 milhões de Neymar, acusado pela Procuradoria da Fazenda Nacional de sonegar impostos de 2011 a 2013.

Sexta-feira os pais do atacante divulgaram uma nota defendendo o filho. Na nota Neymar pai afirma que o atacante não é sócio das empresas e, por isso não pode declarar do que não se apropria.

Paraíso fiscal

O empresário Wagner Ribeiro, envolvido na polêmica venda de Neymar para o Barcelona, escreveu uma carta aconselhando o jogador a “pegar a grana e mandar para um paraíso fiscal”.