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Vanderlei Luxembur é condenado a pagar multa de R$50 mil por insinuar sexualidade de árbitro

As declarações polêmicas de Luxemburgo aconteceram quando o técnico ainda comandava o Santos, em 2006, depois de um clássico contra o São Paulo.

O técnico Vanderlei Luxemburgo terá de pagar uma indenização de R$50 mil ao árbitro de futebol Rodrigo Martins Cintra. O atual comandante do Flamengo foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por ter feito insinuações sobre a sexualidade do juiz, em 2006.

De acordo com o site "Consultor Jurídico", a decisão foi tomada por unanimidade e a multa indenizatória foi reduzida dos R$100 mil iniciais, propostos pela juíza Tamara Hochgreb Matos, para metade deste valor. As declarações polêmicas de Luxemburgo aconteceram quando o técnico ainda comandava o Santos, em 2006, depois de um clássico contra o São Paulo.

"Ele (o juiz) apitava e olhava para mim em toda falta que marcava. Ele não parava de olhar. Eu não sou veado. Talvez seja pela minha camisa (rosa) - disse Luxemburgo na época, ao deixar o estádio", disse Luxa, à época.

Para conseguir a indenização, a defesa de Rodrigo Cintra alegou que as declarações a respeito de sua preferência sexual teriam repercutido internacionalmente e foram prejudiciais a sua carreira. Por outro lado, os advogados de Luxemburgo tentaram evitar condenação do treinador dizendo que as críticas ao árbitro foram feitas em entrevista coletiva e não teriam causado danos morais indenizáveis.

Ao dar a sentença, a juiza responsável pelo caso considerou que a intenção de Luxemburgo com as declarações foi de ofender Rodrigo Cintra e, por isso, declarou-o culpado.

"Também não podem ser considerados tais comentários, evidentemente maldosos, críticas rotineiras e usuais a árbitro da partida de futebol, como alega o réu. Primeiro porque, como já mencionado, paquerar o técnico de algum dos times e ser ou não "veado" não tem nenhuma relação com o trabalho do autor como árbitro. Segundo porque, embora o fato de ser alguém homossexual não seja, objetivamente, vexatório, a intenção do réu foi nitidamente de ofender o autor, e torná-lo motivo de chacota publicamente, tendo obtido pleno sucesso em seu intento", disse a juíza Tamara Hochgreb Matos, que teve o apoio da 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça na sentença.

Vanderlei Luxemburgo ainda não se manifestou sobre o caso.
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