O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Sport a jogar com os portões fechados, após os torcedores do Leão da Ilha atacarem o ônibus do Fortaleza com bombas e pedras. Em entrevista ao site UOL , o presidente da equipe de Recife, Yuri Romão, afirmou que não está satisfeito com a punição e declarou que a decisão é xenofóbica.
Sob a visão do presidente do Sport, outros clubes brasileiros já estiveram nesta situação e acabaram sendo punidos ou tendo a mesma punição que a do Leão da Ilha. Além disso, Yuri Romão acredita que a decisão não foi baseada em leis ou regras.
“Querem punir o Sport sem leis e sem regras, isso está errado. Não tem embasamento legal para que o procurador faça isso. É uma decisão xenofóbica, é uma questão de CEP por sermos um time nordestino. Não se deve julgar de forma política, mas com viés técnico”, declarou o dirigente.
“Tivemos o caso do Flamengo contra o Atlético-MG, que foi absolvido. O Fluminense, ao chegar Nilton Santos, já teve seu ônibus também apedrejado. Então porque somente o Sport é punido?”, finalizou a contestação.
Decisão do STJD
Na sexta-feira (23), a Procuradoria do STJD entrou com uma medida cautelar pedindo para que o Sport jogasse com os portões fechados, até que seja feito o julgamento sobre episódio da última quarta (21), quando torcedores do clube pernambucano atiraram bombas e pedras no ônibus onde estava a equipe do Fortaleza, após o empate em 1 a 1 pela Copa do Nordeste.
A medida só vale para partidas envolvendo competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e não afeta o clássico deste sábado (24), contra o Náutico, nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano. A partida é de responsabilidade da federação local e terá a presença das duas torcidas.
Confusão pós-jogo
A torcida do Sport realizou emboscada e atingiu o ônibus do Fortaleza com pedras e bombas caseiras na noite dessa quarta-feira (21). O ataque aconteceu após o empate em 1 a 1 pela Copa do Nordeste e seis jogadores do Leão do Pici foram atingidos, precisando de cuidados médicos.