O ex-governador Eduardo Leite (PSDB), pré-candidato à reeleição no Rio Grande do Sul, ameaça fechar seu palanque para a senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB-MS). A medida seria uma resposta à insistência do diretório emedebista gaúcho em lançar o deputado estadual, Gabriel Souza, na corrida pelo Palácio Piratini. Leite acaba de receber o apoio do União Brasil, cujo candidato ao Planalto é o deputado federal Luciano Bivar (PE).
No plano nacional, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou em conversas reservadas que a legenda deve integrar a coligação de Simone mesmo se não houver um acordo no Rio Grande do Sul. Mas, de acordo com aliados, não haveria o mesmo “entusiasmo”.
O dirigente tucano havia condicionado a aliança em torno de Simone na chamada terceira via ao acerto no Estado. Apesar da pressão da direção nacional do MDB, o diretório gaúcho manteve o nome de Souza e perdeu a prerrogativa de indicar o vice de Leite.
Em entrevista nesta quarta-feira, 13, Leite elogiou Bivar. “Nesse momento, a participação do União Brasil enseja o apoio ao Bivar. A prerrogativa de indicar o vice será do União Brasil. Bivar terá nosso apoio e nosso palanque à sua disposição. O PSDB está em uma discussão nacional com o MDB. Vamos aguardar que esse processo se consolide para que possamos compreender de que forma podemos colaborar também”, disse Leite.
No sábado passado, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), participou de um ato político com Bivar que selou o apoio do União Brasil à candidatura à reeleição. A aproximação se dá em dois Estados em que a permanência do PSDB no poder é vista como crucial para os tucanos.
Sem um acordo no Rio Grande do Sul, a aliança entre o PSDB e o MDB será meramente formal. O PSDB deve indicar o senador Tasso Jereissati (CE) como candidato a vice de Simone. A expectativa é de que a dupla divida os palanques regionais com Bivar, presidente do União Brasil.
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